Operação da PF apura desvio de recursos públicos no total de R$ 772 milhões no Agreste
A investigação observa a prática de desvios de recursos públicos de contratos celebrados entre prefeituras do Estado e empresas privadas

A Polícia Federal realizou na manhã desta terça-feira (17), a Operação "Velatus", com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos através de contratos municipais.
A investigação observa a prática de desvios de recursos públicos de contratos celebrados entre prefeituras do Estado e empresas privadas para o fornecimento de mão de obra terceirizada.
De acordo com a Controladoria Geral da União, entre 2019 e 2024, a instituição investigada recebeu pagamentos superiores a 662 milhões em diversas prefeituras.
Foram cumpridos 16 mandatos de busca e apreensão nas cidades de Garanhuns, Caruaru, Terezinha e o Bom Conselho.
"Esta ação conjunta deflagra, hoje, a busca de material para coleta de mais provas sobre uma verificação de contratos que a gente entende que há desvio de finalidade, pactuado entre prefeituras e uma instituição da organização social do terceiro setor", afirmou Fábio Araújo, Superintendente da CGU.
De acordo com o superintendente, a ação deve verificar "fraudes na licitação, lavagem de dinheiro, a não realização efetiva da prestação de serviço contratualizados e, em nome disso, baseado em todos os indícios indicativos de fraudes à legislação", a operação foi realizada nesta segunda-feira.
Ele também afirma que a Instituição investigada possui diversos contratos com várias prefeituras, tanto em Pernambuco quanto em outros estados.
Além disso, por atuar em vários territórios, é provável que muitas pessoas estejam no esquema da empresa, inclusive políticos, mas eles não são o foco da investigação neste momento.
"A nossa seara de investigação, ela vai em cima só dos contratos, a gente não tem nenhum indicativo, até o momento, de políticos envolvidos, não quer dizer que em nome da essa arrecadação e de outras provas que possam surgir, isso não possa ver ocorrer. Em ocorrendo, a gente vai tomar as medidas que são necessárias", concluiu Fábio Araújo.
há cerca de três anos atrás, uma investigação ja buscaa o levantamento de informações sobre essa institução.
"A operação é fruto de uma investigação que se iniciou ainda no ano de 2021, a partir de comunicação da Controladoria Geral da União a respeito de uma organização social sem fins lucrativos, que teria em vigor, vigente, contratos com alguns municípios aqui do estado de Pernambuco que só entre os anos de 2021 e 2023 somaram recursos da ordem de 650 milhões de reais", afirma Márcio Tenório, delegado da Polícia Federal.
O delegado da Polícia Federal explica um pouco mais sobre a atuação da instituição nas fraudes.
"A organização celebrava os termos de colaboração, que é o nome, a natureza política dos contratos dessa natureza, e repassava a prestação do serviço para empresas privadas, para outras empresas, mas que tinha em seus quadros pessoas relacionadas com a própria organização social", afirmou.
De acordo com o delegado, primeiro serão analisadas as documentações relacionadas aos investigados, em seguida, serão identificados os municípios que celebraram contratos com a empresa, e posteriormente, haverá uma investigação sobre o envolvimento de funcionários públicos.
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