Mulher é agredida por seguranças durante festa junina em Carpina

Ela e a cunhada tentaram entrar em uma área que fica atrás do palco para alcançar as artistas, quando foram barradas por duas seguranças do evento

Publicado em 25/06/2025 às 21:34
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Uma empresária, de 39 anos, foi agredida por seguranças quando tentava tirar uma foto com a dupla Maiara e Maraisa, após um show na última segunda-feira (23), em Carpina.

A mulher estava acompanhada da cunhada, da esposa, da irmã e da mãe durante o show. Após a apresentação, ela e a cunhada tentaram entrar em uma área que fica atrás do palco para alcançar as artistas.

Elas seguiram um homem da equipe por um caminho que ele fazia por baixo do palco, mas foram barradas por duas seguraças.

"Quando a gente passou, já foi abordada por duas seguranças super grossas. Já foi imobilizando ela por trás, botando o braço por trás, empurrou ela, empurrou o ombro dela e falou: vocês vão voltar por onde vocês entraram", conta a cunhada da vítima.

"Quando eu vi, ela tava jorrada de sangue. A camisa dela toda encharada, a mão. Por que um corte aqui no supercílio é muitos vasos. Então sangrou muito", contou.

A vítima foi socorrida e precisou de cinco pontos no supercílio, além de um olho roxo. Ela conta que não entende o motivo da agressão se as duas estavam obedecendo a ordem de ir embora.

"Não tinha para quê. A gente obedeceu ela desde o início e ela foi tratando a gente com um animal. Como animal não, que não se faz isso com animal. Como se fosse duas bandidas, duas assassinas, sei lá", disse a vítima.

"Ela me pegou por trás, deu aquela chave de pescoço, que eu fiquei assim ó, pendurada. Como ela era mais alta, eu não conseguia respirar. Aí eu fiquei segurando para não desmaiar", disse. "Aí foi quando eu vi o sangue na mão, que tinha muito sangue", afirmou a vítima.

O caso foi registrado na Delegacia de Carpina como lesão corporal. Após a divulgação de um vídio sobre o ocorrido, a mulher conseguiu identificar a segurança responsável pela violência e deve repassar as informações à polícia.

Apesar do medo de retaliações, a família acredita que divulgar o ocorrido pode colocar em evidência o preparo das equipes de segurança em festas.

"A gente gostou muito do show, todo mundo amou o show. Foi perfeito. Mas terminar numa situação dessas, por nada? Porque não foi nada isso. A gente foi tratada que nem bandida. Acho que um terrorista era melhor tratado do que a gente", concluiu a vítima.

Em nota, a Prefeitura de Carpina informa que soube do episódio através de redes sociais e que buscou os envolvidos para mais esclarecimentos sobre o caso.

Além disso, reforçam que a segurança nos eventos municipais, tanto para artistas e equipes quanto para a população, é a prioridade da prefeitura.

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