Suspeita de mandar matar o próprio pai confessa crime na delegacia
A prisão aconteceu seis dias depois do assassinato e a jovem confessou o crime após investigações da polícia, recebendo voz de prisão na delegacia

A estudante de psicologia Amanda Chagas Botrell, de 19 anos, foi presa nesta quinta-feira (26), suspeita de envolvimento no homicídio do pai, em Enseada dos Corais, Cabo de Santo Agostinho.
A prisão aconteceu seis dias após o assassinato, que ocorreu na noite do dia 20 de junho. A jovem confessou o crime e recebeu voz de prisão ainda na delegacia.
Na versão contada desde o início, inclusive, reforçada durante o velório da vítima, a jovem afirma que estava em um salão de beleza durante a noite, quando o pai começou a insistir que ela voltasse para casa, enviando vários áudios.
A polícia ficou intrigada com o tempo que ela levou do salão de beleza até a residência e a insistência na informação de que haviam três homens rondando a casa de bicicleta.
"Ela tentou botar o foco para esses caras, mas os caras, eu tenho acesso, tenho as imagens todas, esses caras, essas três pessoas de bicicleta estão calmamente na rua. Um é um morador da casa próxima, então eles conversam ali e eles chegam e vão embora", contou o delegado do caso.
"No momento em que o fato acontece, que é quando ela chega com o carro, naquele momento ninguém chega e nem sai da casa", continuou.
A suspeita confessou que buscou os executores do pai no carro que ele deu para ela.
"O que aconteceu, que a gente sabe, é que ela saiu do salão, tinha dito que foi pra casa. O salão é muito próximo da casa, o tempo não bate, quando a gente vai ver, o tempo que ela saiu do salão com a imagem dela chegando em casa não bate com o percurso é muito. Ela levaria de 5 a 10 minutos no máximo. Ela passou mais de uma hora pra chegar em casa. Era justamente ela nessa situação de buscar essas pessoas no lugar que ela disse que tinha pego", contou o delegado.
Além disso, a autoridade afirma que os áudios que o pai havia enviado, pedindo que ela retornasse para casa, não indica nenhuma situação incomum, pois o ele era bastante zeloso pela filha.
"Então, a única verdade que ela contou, podemos dizer assim, é que realmente o pai dela estava preocupado, querendo que ela voltasse para casa. Mas não era nada de estranho, era apenas uma preocupação, porque a filha estava à noite na rua", completou.
Durante a confissão, a jovem afirmou que vinha planejando o crime há dois meses e que tinha interesse na herança do idoso.
Primeiros indícios
No dia seguinte ao crime, o delegado contatou a Amanda por telefone, se colocando à disposição da família para acelerar a investigação. Ela ignorou as mensagens. Cinco dias se passaram, então o delegado foi até a residência para intimar a jovem a prestar depoimento.
A mãe informou que ela tinha ido até a igreja, encomendar a missa de sétimo dia do pai, entretanto, ela estava na verdade em uma agência bancária, tentando retirar uma grande quantia da conta do falecido.
O caso ainda segue sob investigação para descobrir quantas pessoas estão envolvidas no homicídio.
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