Polícia Civil desmonta fábrica clandestina de bebidas em Garanhuns e apreende 1,5 mil garrafas falsificadas
Três homens foram presos em flagrante durante operação; local operava em condições precárias de higiene, com risco de contaminação e incêndio
Uma operação da Polícia Civil de Pernambuco desmantelou, na última segunda-feira (6), um esquema de falsificação de bebidas alcoólicas no município de Garanhuns, no Agreste Meridional. Ao todo, foram apreendidas cerca de 1.500 garrafas falsificadas, produzidas em ambiente insalubre, com sérios riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Três homens foram presos em flagrante.
A ação foi conduzida pela 1ª Delegacia de Garanhuns, com apoio da 18ª Delegacia Seccional (DESEC), após denúncias e diligências que investigavam a presença de uma possível rede de falsificação atuando na cidade.
Durante as buscas, os policiais localizaram um galpão no bairro Aloísio Pinto. No local, que funcionava como uma fábrica clandestina, foram encontrados os suspeitos realizando o envase manual de garrafas com líquidos de odor e aparência semelhantes a bebidas destiladas. Marcas como Dreher, Montilla e Pitú eram falsificadas para venda no comércio local e em cidades vizinhas.
Na abordagem, os agentes encontraram o espaço em pleno funcionamento. Foram apreendidos materiais como tonéis de álcool, lacres, embalagens e equipamentos utilizados no processo de falsificação. Um segundo depósito, no bairro Viana Moura, também foi descoberto e vistoriado, ampliando o volume de apreensões.
De acordo com o perito criminal Kleber Rosalvo Alencar Cardoso, da Unidade de Polícia Científica do Agreste Meridional, o ambiente apresentava condições sanitárias extremamente precárias. “Era uma fábrica clandestina de bebidas destiladas, funcionando em total descaso com normas de higiene e segurança. O local estava sujo, com grandes tanques de líquidos incolores, centenas de garrafas reutilizadas e risco real de incêndio”, relatou o perito.
Ainda segundo ele, os materiais armazenados ofereciam perigo de contaminação ambiental e proliferação de insetos e roedores. Amostras foram recolhidas e serão analisadas pelo Laboratório de Química Forense, no Recife, para verificar a presença de substâncias tóxicas, como o metanol.
Os três homens detidos foram levados à Delegacia de Garanhuns, autuados em flagrante por falsificação de bebidas alcoólicas e associação criminosa, e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça. As investigações continuam para identificar outros envolvidos na produção e distribuição das bebidas adulteradas.
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