No início da semana, a fala do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho(PT), reverberou na internet em relação à regulamentação da Uber no Brasil. O político afirmou que a Uber pode deixar o Brasil e o governo poderá substituí-lo pelos Correios.
"Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado", confirmou o Luiz Marinho.
A Uber Technologies é uma empresa multinacional que presta serviços eletrônicos para transportes privados urbanos, seja para caronas quanto para entregas de objetos e comidas.
Contudo, muitos trabalhadores enfrentam problemas na regulamentação do trabalho, que foi e ainda é motivo de mobilização para a categoria. A fala do ministro abordou as prováveis mudanças nas legislações trabalhistas, com a regulamentação desses trabalhadores de aplicativo.
"Na Espanha, no processo de regulação, a Uber e mais alguém disseram que iam sair [do país]. Esta rebeldia durou 72 horas. Era uma chantagem. Me falaram: 'e se a Uber sair?' Problema da Uber. Não estou preocupado.", afirmou Marinho, segundo o UOL.
Resposta da Uber
Ao citar como "chantagem" o cenário da Espanha, a Uber afirmou o contrário da fala polêmica do ministro e se declarou em nota para o Portal UOL.
"Durante a discussão regulatória naquele país, a Uber divulgou estimativas sobre o impacto das medidas e apontou a contrariedade dos próprios entregadores com a regulamentação, que levou à migração forçada de muitos profissionais para o modelo de operadores logísticos (sem cadastro direto nos aplicativos) e reduziu o número de pessoas trabalhando na atividade. A Uber continua suas operações na Espanha e tem apresentado ao governo os problemas identificados na implementação da regulação."