Moradores do Sítio Cipó denunciam despejo sem apoio da prefeitura
Classificada como Área de Preservação Permanente (APP), uma decisão judicial obriga dezenas de famílias a deixarem suas propriedades
Pedro Fernandes, agricultor que vive há 20 anos no local, afirma que a decisão compromete diretamente sua subsistência e a de sua família. Ele sobrevive da criação de animais e do cultivo de forragem no terreno agora ameaçado pela desapropriação.
"Estou parado, sem entrar dinheiro, só as contas chegando. Nós plantamos, temos nossos animais, mas agora tudo isso pode não ser mais nosso. Para onde vamos levar os bichos?", desabafa Pedro.
Reunião com Secretaria e Indefinições
Na última quarta-feira, moradores se reuniram com representantes da Secretaria de Assistência Social e Combate à Fome de Caruaru. Segundo os agricultores, foi informado que as famílias poderão se inscrever no programa Minha Casa Minha Vida e, enquanto buscam moradia, receberiam um auxílio-aluguel de R$ 250.
A proposta foi recebida com preocupação. Para as famílias, o valor é insuficiente, e a falta de indenização agrava a vulnerabilidade das pessoas que dependem da terra para sobreviver.
O Caso de Dona Maria de Rosi
Outra moradora afetada é Maria de Rosi, que vive na comunidade há 15 anos. Ela também criou animais e construiu sua vida na terra onde reside.
“Eles só dizem que é pra sair e pronto. Dizem que a barragem vai estourar, mas a gente sabe que não é isso. Eles querem tirar a gente sem oferecer nada em troca”, afirma.
Posição Oficial e Críticas
De acordo com a URB (Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru), a permanência na área é proibida por se tratar de uma APP, o que motivou a decisão judicial pela retirada das famílias.
Entretanto, uma advogada popular que acompanha o caso critica a postura da Prefeitura de Caruaru, alegando falta de políticas públicas para atender situações como essa.
“É inadmissível que uma cidade do porte de Caruaru, com os recursos que tem, coloque famílias em situação de vulnerabilidade sem oferecer alternativas dignas”, declarou.
Moradores Cobrando Soluções
As famílias agora cobram uma solução concreta e justa por parte das autoridades. Elas pedem que, caso a desapropriação seja realmente necessária, sejam oferecidos meios reais de recomeço — com indenização justa, moradia adequada e tempo para transição.
Esse texto foi gerado por inteligência artificial, com base em vídeo autoral da TV Jornal, sob monitoramento de jornalistas profissionais