Inelegibilidade de Bolsonaro está nas mãos de Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia

Ministros agredidos por Bolsonaro nos últimos anos votam, hoje, se ex-presidente deve ficar inelegível. Veja o que esperar >>>

Pode acabar nesta sexta-feira, dia 30, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que decide se Jair Bolsonaro cometeu crimes eleitorais em 2022, durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Até o momento, dos 7 ministros do TSE, 3 já votaram pela inelegibilidade de Bolsonaro. Para que o ex-presidente seja condenado, são necessários um total de 4 votos. Ou seja, falta apenas um voto para que Bolsonaro perca os direitos políticos durante oito anos.

Nesta sexta, há a previsão de que mais três ministros leiam seus votos. Entre eles, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, que também integram o STF, e que foram sucessivamente atacados por Bolsonaro durante o período em que esteve na Presidência.

Voto pró-Bolsonaro

Além dos dois, o ministro Kássio Nunes Marques também deve votar na sessão de hoje. Ele foi indicado por Bolsonaro ao STF e a expectativa é de que vote contra a cassação dos direitos políticos do ex-presidente.

Voto de Cármen Lúcia

Cármen Lúcia será a primeira a votar na sessão que começa ao meio-dia.

Não é possível adiantar qual será o voto da ministra, mas, nos bastidores da política, a expectativa é de que Cármen Lúcia vote pela condenação de Bolsonaro.

Se Cármen Lúcia votar pela condenação de Bolsonaro, o placar ficará em 4 votos a 1 pela inelegibilidade do ex-presidente. Ainda assim, por protocolo, é necessário aguardar ainda o voto de Nunes Marques e de Moraes, nesta ordem.

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral desde as eleições de 2022, Alexandre de Moraes tem uma postura muito firme na defesa da Justiça Eleitoral, sempre surrada verbalmente por Jair Bolsonaro e os apoiadores do ex-presidente.

É, dessa forma, provável também que Alexandre de Moraes vote pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Embora, reforce-se, não há como garantir qual o teor do voto do ministro neste julgamento.

Até o momento, dos 4 ministros que já votaram, somente Raul Araújo votou contra a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, neste julgamento.

O processo se baseia em uma denúncia feita pelo PDT sobre uma reunião promovida por Jair Bolsonaro em julho de 2022, antes do período de campanha eleitoral, no qual o então presidente disse a embaixadores estrangeiros que o sistema eleitoral não era seguro.

Bolsonaro também usou o espaço público para se autopromover, mostrando um vídeo no qual era recebido por apoiadores.

Desse modo, a acusação contra Bolsonaro é de que o ex-presidente abusou do poder político e dos meios de comunicação (já que transmitiu a reunião pela TV Brasil), em um ato de campanha eleitoral antecipada.

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