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O jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, teve acesso a conversas privadas do tenente-coronel, Mauro Cid, ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro, relatando ter sido obrigado a pagar contas de parentes da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, enquanto Bolsonaro era presidente da República.

Na conversa, Mauro Cid disse tinha ordens expressas de Bolsonaro para pagar contas de Michelle e que a então primeira-dama também pedia para que fossem feitos pagamentos de contas de parentes, o que Bolsonaro não gostava e gerava brigas entre o casal.

"Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim", disse Mauro Cid. "Não ia me meter em briga de casal. Se ela pedia, eu depositava", acrescentou o ajudante de Bolsonaro.

Segundo a reportagem do Metrópoles, Cid afirmou ter feito pagamentos de plano de saúde do irmão, mensalidades da faculdade da irmã e depósitos em contas de outros parentes de Michelle que vivem perto de Brasília.

Foi feito pagamento até para ajudar a quitar o funeral da avó de Michelle Bolsonaro. "Ela (Michelle) falava pouco comigo. Quem falava comigo eram os assessores. Ela mandava dizer: ‘preciso disso’. E os assessores falavam comigo", disse Mauro Cid, segundo o Metrópoles.

Cid disse que não misturava dinheiro da conta de Bolsonaro com valores sacados com cartões corporativos da Presidência da República. A Polícia Federal investiga a possibilidade.