Rio: Traficantes mataram médicos por engano e, depois, foram torturados pelos próprios chefes por causa do erro, acredita polícia
Philip Motta Pereira, o Lesk, que aparece nesta foto, foi um dos suspeitos a ser encontrado morto dentro de carro; veja o que se sabe >>>
A alta cúpula do Comando Vermelho, facção responsável por parte do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, não aceitou as execuções por engano de 3 médicos na Barra da Tijuca e ordenaram que os criminosos envolvidos no erro fossem mortos, apurou o portal G1. Entre os suspeitos, está também Ryan Nunes de Almeida, que aparece nesta foto.
Para a polícia, o alvo dos criminosos era Taillon de Alcântara Pereira Barbosa (foto), que disputa a guerra pelo comando do tráfico em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.
Taillon é muito parecido fisicamente com o médico Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, um dos mortos no ataque contra o quiosque na madrugada de quinta-feira.
As investigações apontam que um olheiro passou pelo local, confundiu Perseu com Taillon e comunicou alguns traficantes sobre o que, para ele, seria a presença do miliciano no local.
Os criminosos foram ao local e mataram Perseu e atiraram contra os demais médicos que estavam na companhia do alvo errado.
De acordo com apuração dos jornalistas Leslie Leitão e Felipe Freire, da TV Globo, o erro gerou um mal-estar entre os chefes Comando Vermelho (facção da qual os traficantes faziam parte), que ordenaram a morte dos criminosos.
Apontados como suspeitos de envolvimento na morte de Marcos de Andrade, 62 anos, (foto) e dos outros dois médicos, Ryan, Lesk e outros dois homens ainda não identificados pela polícia foram torturados e mortos com tiros de arma de fogo. O crime teria sido cometido no Complexo da Penha. Os corpos foram encontrados em dois carros.
Único sobrevivente do ataque, o médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, segue hospitalizado, passou por cirurgia e está consciente, nesta sexta-feira (6).