Clima

Agosto, mês dos ventos? A meteorologia explica os motivos

Em Caruaru, no Agreste, rajada de 53,3 km/h derrubou árvores

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 07/08/2019 às 9:52
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

O mês de agosto é considerado "o mês dos ventos", mas você sabe o motivo? De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), são várias razões para as rajadas: o Sistema de Alta Pressão Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tende a ficar mais intenso no inverno, por causa da diminuição das temperaturas. Por causa disto, a tendência é que ele fique mais próximo do Continente Sul-Americano. Todas estas características permitem que os ventos fiquem mais intensos na Costa do Nordeste do Brasil.

Segundo a Apac, as rajadas são ventos súbitos de curta duração e elevada velocidade, que quando mais fortes podem ter consequências desastrosas. Além disto, climatologicamente, os ventos são mais intensos no interior do que no litoral. Nessa terça-feira (6), por exemplo, árvores caíram em Caruaru, no Agreste do Estado, por causa dos fortes ventos. Houve registro de rajada com velocidade de 53,3 km/h.

Em Garanhuns, a média da velocidade dos ventos é de 13,1 km/h, e nessa terça (6) houve registro de rajadas de 47,2 km/h. Em Petrolina, no Sertão, a média dos ventos em agosto é de 19 km/h. O registro desta semana foi de 59,4 km/h. No litoral pernambucano, a média da velocidade dos ventos em agosto é de 11,2 km/h, e foi registrada uma rajada de 46,8 km/h, de acordo com a estação meteorológica do Aeroporto do Recife.

Mar revolto

Além disto, ventos intensos no mar, acima de 50 km/h, segundo a escala de Beaufort, podem fazer com que o mar fique revolto com ondas fortes. Em terra, a velocidade favorece o movimento de grandes árvores e provoca dificuldade de andar contra o vento. Quando há chuva, a rajada faz com que o pedestre fique molhado, mesmo utilizando guarda-chuva.