Ministério da Educação

Candidatos poderão escolher se querem que Enem 2020 seja adiado

Mais de 4 milhões de estudantes se inscreveram para fazer a prova

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 20/05/2020 às 11:56
Rafael Carvalho/Agência Brasil
FOTO: Rafael Carvalho/Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou nesta quarta-feira (20) que os candidatos que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 poderão escolher se querem que as provas sejam adiadas, em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A consulta será feita pela internet, na "Página do Participante", no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com a senha individual.

Senado aprova proposta de adiamento do Enem

Em meio a dúvidas sobre manutenção da data, Enem tem 3,5 milhões de inscritos

Os inscritos poderão escolher entre a manutenção da data das provas, o adiamento e a suspensão indefinida do exame deste ano. A consulta está prevista para o fim de junho. As inscrições para a prova seguem abertas até a próxima sexta-feira (22).

"Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame", escreveu o ministro, no Twitter.

A mudança de datas é cogitada porque muitos estudantes estão sendo prejudicados pela suspensão das aulas, já que não têm condições de estudar em casa.

 

Enem 2020

Até agora, a aplicação das provas do Enem 2020 está marcada para 1º e 8 de novembro (impressa) e 22 e 29 de novembro (digital). Não há mais vagas para inscrições no Enem Digital, cujas 101,1 mil vagas se esgotaram na semana passada. Os candidatos inscritos neste formato irão fazer as provas no computador, em laboratórios de informática em instituições de ensino no país, sob a supervisão de fiscais.

A estrutura da prova digital é a mesma da impressa: 45 questões em cada prova das quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, além de uma redação.

A taxa de inscrição custa R$ 85 e o boleto deve ser pago até o dia 28 de maio. Por causa da pandemia da covid-19, a isenção do pagamento da taxa será concedida para todos os que preencherem os requisitos, independentemente do pedido formal.

Senado aprova adiamento

Nessa terça-feira (19), o Senado aprovou um projeto de lei que adia o Enem. Foram 75 votos favoráveis e um contrário, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República. O projeto não estabelece um novo prazo para a realização das provas. A data dependerá da situação da pandemia no País. O texto seguirá para a Câmara.

A realização das provas do Enem tem sido alvo de questionamento na Justiça. Na segunda (18), a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região pedindo que a decisão de manter o exame durante a pandemia seja revista.

Em abril, o órgão chegou a conseguir uma liminar favorável ao adiamento das provas, mas a medida foi derrubada pelo desembargador Antônio Cedenho, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

*Com informações da Agência Brasil