Economia

Parque 18 de Maio recebe compradores com a reabertura do comércio atacadista

Mesmo sem feira, trânsito ficou complicado em Caruaru

Ana Maria Santiago de Miranda
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 08/06/2020 às 15:03
Reprodução/TV Jornal Interior
FOTO: Reprodução/TV Jornal Interior

A reabertura do comércio atacadista nesta segunda-feira (8) após quase três meses devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19) atraiu muita gente para o Parque 18 de Maio, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O local em que fica localizada a Feira da Sulanca tem várias lojas no entorno, que atuam nas áreas de atacado e varejo. Apesar disto, nem a feira nem as lojas varejistas podem funcionar.

Para abrir nesta etapa do retorno às atividades, os estabelecimentos precisam cumprir algumas regras, como o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas, o uso de álcool em gel para fazer a higienização das mãos, entre outros.

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"Estamos voltando depois destes quase 80 dias de paralisação, estamos tentando nos adequar à realidade, que é difícil ainda para os padrões que a gente trabalhava. Aos poucos a gente vai se adequar a todas as normas para voltar a trabalhar normalmente", avaliou o atacadista Jânio Oliveira.

Autônoma, Lenira Maria esteve em uma loja do Parque 18 de Maio para adquirir confecções para revender. "Eu dei graças a Deus que foi liberado, porque pela internet é muito complicado para a gente comprar, não é a mesma coisa de comprar olhando. Comprei muitas novidades para os clientes", contou.

O retorno do funcionamento destas lojas atraiu mais gente do que o esperado, pelo menos na visão da Autarquia de Trânsito de Caruaru (Destra). Pela manhã, o trânsito ficou complicado na região. A Rua Miguel de Sena e as transversais foram interditadas, mas algumas vias precisaram ser liberadas para melhorar o fluxo do trânsito.

"A gente não esperava essa quantidade de gente na Feira da Sulanca hoje. As lojas estão fechadas, a própria feira está fechada. Pegou um pouquinho de surpresa, tem muito veículo de fora. Mas o máximo que a gente pode fazer é controlar o trânsito", disse o sub-inspetor de trânsito, Sivonaldo Cavalcanti.

Aglomerações

Alguns pontos de aglomeração foram formados, principalmente próximo a bancos de feira, que mesmo sem permissão estavam comercializando. O autônomo Josivaldo Irineu, que foi ao local para comprar em atacado, ficou preocupado com a situação. "As autoridades competentes de Caruaru devem tomar providências para as pessoas não fazerem o que estão fazendo", pediu.

De acordo com a Associação dos Atacadistas de Pernambuco, só 10% do setor estava fechado, uma vez que as lojas de serviços essenciais já estavam funcionando. O presidente do Sindicato dos Lojistas de Caruaru (Sindloja), Manoel Santos, deu uma orientação aos estabelecimentos que trabalham com atacado e varejo. "Para as empresas que são atacarejo, a nossa orientação é que nesta semana coloquem uma barricada, coloque birôs na frente para que você possa fazer a triagem e atender o cliente de atacado. Fica complicado, muito difícil você abrir sua loja, entrar o cliente de atacado, entrar também o de varejo e você não conseguir atender".