Uma menina chamada Flor, de longo cabelo preto, apaixonada pela natureza e animais, que teve um triste fim, morrendo de forma trágica, após se perder na floresta que estava sendo incendiada. É esta a história da "Comadre Fulozinha", como é conhecida, que é repassada por gerações no Nordeste do Brasil.
Protegendo a mata e os animais, dando uma "surra", fazendo tranças complicadas nos cabelos de quem a desafia ou mexem nas florestas por maldade, é o papel da Comadre.
Para se desculpar, é preciso de um prato de mingau e fumo, para não sofrer com a fúria da protetora. Populares dizem que se ouvir o assobio forte e perto, ela está distante mas se o assobio estiver fraco e longe, ela está bem perto.
Comadre Fulozinha existe?
Entre várias histórias, a professora Socorro, de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, sofreu com a Comadre, teve seu cabelo emaranhado de nós e precisou cortar boa parte para retirar.
Ela não sabe como aconteceu, só percebeu o nó em seu cabelo quando chegou na casa da sua cunhada para buscar um secador. O cabelo que, passava da cintura, só conseguiu ter o nó desfeito quando cortado.
Ela diz que não sabe o porquê da fúria da comadre contra ela, as suspeitas são de que a professora falou em um momento que a Comadre Fulozinha não existia e as tranças foram sua forma de provar que ela é muito mais que lenda.