A série documental 'Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez" fez com que o público mais jovem descobrisse detalhes do crime cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
A autora comentou durante a série que o papel de Bira, em "De Corpo e Alma" (1992) não seria de Guilherme e sim de Alexandre Frota.
Em entrevista ao Splash, do UOL, ele falou sobre o assunto e confessou que: "sempre falo para as pessoas: se eu tivesse feito a novela, a história teria sido diferente".
Frota foi impedido de atuar na novela de Glória
Frota foi barrado de participar da nova novela pelo diretor Carlos Lombardi. Na época, ele vivia em conflito com o chefe, que dirigia "Perigosas Peruas" (1992).
"Daniella estaria viva e nada disso teria acontecido. Infelizmente, vários fatos ocorreram e o Guilherme acabou fazendo esse personagem e cometendo esse crime brutal, esse assassinato que até hoje não dá para aceitar", disse lamentando o ocorrido.
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O ex-ator diz que teve várias brigas com Carlos na época. Mas apesar dos problemas, ele confirmou que a relação entre eles, hoje em dia, é de amizade.
"Mas na época, ele fez isso por retaliação: não me liberou para fazer o personagem do Bira", disse.
Frota diz que também estava fazendo uma peça de sucesso na época, e que Guilherme fazia o seu substituto.
Ele acha que Glória e Roberto Talma, diretor, foram assistir o espetáculo justamente no dia em que o assassino atuava.
O que aconteceu com Daniella Perez?
Em 28 de dezembro de 1992, Guilherme seguiu o carro de Daniella e fechou o veículo próximo a um posto de gasolina. Ao descer do carro, ele deu um soco no rosto da atriz que caiu.
Paula, que estava escondida no carro do assassino, e ele levaram a atriz desacordada até um terreno baldio na Barra da Tijuca. Daniella foi morta com 18 facadas.
Após ser pressionado pela polícia, que tinha provas concretas, Guilherme assumiu a autoria do crime. Mas tentou encobrir a participação de Paula.
As testemunhas apontaram que Guilherme queria tirar proveito da amizade que tinha com Daniella para ter benefícios na novela.
Ele desconfiou que estava sendo escanteado da trama quando o personagem não apareceu em dois capítulos.
O ator acreditava que Daniella falou sobre as investidas, e por isso teria sido cortado. Assim, ele relatou para a mulher, Paula, e os dois planejaram o crime.
Guilherme foi condenado por 19 anos enquanto Paula, que estava grávida, teve pena de 18 anos e 6 meses. Eles cumpriram apenas 7 anos da pena e tiveram liberdade condicional.