NOTÍCIAS

Fera na sala de aula, na pista, no campo de futebol ou no ringue

Isabelle Figueirôa
Isabelle Figueirôa
Publicado em 01/10/2015 às 11:58
O fera deve priorizar os estudos, sim, mas sem deixar de lado os exercícios físicos
O fera deve priorizar os estudos, sim, mas sem deixar de lado os exercícios físicos

Imagem de mulher correndo. Foto: divulgação O fera deve priorizar os estudos, sim, mas sem deixar de lado os exercícios físicos

Toda atividade física ajuda na aquisição de conhecimentos (cognição), já que aumenta o fluxo de oxigênio e sangue para o cérebro, além dos níveis de noradrenalina e endorfinas - hormônios utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso. Desta forma, o fera deve priorizar os estudos, sim, mas sem deixar de lado os exercícios físicos.

Para o Enem são essenciais funções cognitivas como percepção, atenção, associação, memória e raciocínio, que também são estimuladas através dos esportes. É por isso que o jovem Sérgio Cavalcanti, de 17 anos, não abre mão da academia, mesmo diante das cobranças nos estudos.

Aluno do Colégio Vera Cruz e candidato ao curso de design, ele pratica exercício físico pelo menos três vezes por semana. "Eu fico mais disposto para estudar e também acredito que vai me ajudar no Enem, porque a prova exige um certo condicionamento físico, pois é muito desgastante", disse.

Há um mês ele concilia o levantamento de peso com socos e pontapés do kickboxing. "Todo esporte de luta melhora a disciplina, a coordenação motora, a concentração e a autoconfiança, além de liberar o estresse", explicou o professor de educação física Osvaldo Cerejo, coordenador de esportes do Vera Cruz.

Imagem de fera lutando kickboxing. Foto: acervo pessoal Sérgio Cavalcanti (dir.) faz kickboxing e defende que a luta o deixa mais disposto para estudar

O fera Lucas Montenegro, 17, é colega de turma de Sérgio e desde os sete anos joga futebol. Ele não pensou em desistir do esporte por causa do vestibular. "O futebol me ajuda no senso de saber dividir, contribui para eu ser menos individualista", explica o fera de biomedicina. "Além disso, me dá mais disposição para estudar, porque eu chego em casa menos estressado", completa.

Já Larissa Rios, 18 anos, que vai tentar uma vaga no curso de direito na UFPE, faz pilates. Inicialmente, ela matriculou-se nas aulas para aliviar as dores na coluna; com o passar do tempo, descobriu outras vantagens. "Melhorei minha respiração, minha postura e estou menos ansiosa", comemora.

"De forma regular, o exercício físico melhora a resistência organizada geral e as funções do cérebro. Com o cérebro mais resistente, a fadiga chega um pouco mais tarde", esclarece o professor Cerejo. Esse é um ponto importante para quem vai fazer o Enem - cujas provas têm duração média de 4 horas e meia - já que a fadiga, ou o cansaço físico, prejudicam a concentração e, consequentemente, um bom desempenho no exame.