O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a principal porta de entrada para milhares de estudantes ingressarem no ensino superior no Brasil.
Por trás dessa avaliação está o mistério da correção através do chamado TRI - Teoria de Resposta ao Item.
Entenda mais sobre o método abaixo.
O que é o TRI?
O TRI é um método de correção diferenciado e bastante complexo, que busca avaliar não apenas o número de acertos do candidato, mas também a consistência e o nível de dificuldade das questões.
Diferentemente do método tradicional, onde cada questão tem o mesmo peso, o TRI considera que nem todas as perguntas têm a mesma dificuldade.
Dessa forma, acertar uma questão mais difícil vale mais pontos do que acertar uma mais fácil.
Como funciona a correção?
Ao contrário de uma simples contagem de acertos, o TRI analisa o desempenho de cada participante em relação ao perfil de acertos e erros das questões.
Se um candidato acerta uma questão considerada mais difícil, seu desempenho é valorizado mais do que se acertasse uma mais simples.
Além disso, o TRI leva em conta a coerência das respostas.
Se um participante acerta uma questão difícil, mas erra uma considerada fácil, o sistema pode interpretar que o acerto na questão difícil foi por sorte. Assim, a coerência das respostas também é essencial na avaliação.
Etapas da correção:
Construção do Banco de Questões: O Enem conta com um grande banco de questões e, a cada edição, uma seleção é feita para compor o exame.
Aplicação e Coleta de Dados: Após a aplicação do exame, os dados de respostas são coletados para análise.
Análise Estatística: As respostas dos participantes são analisadas estatisticamente para identificar padrões de desempenho em cada questão.
Cálculo das Notas: Com base na análise estatística e no modelo do TRI, as notas são calculadas levando em conta não apenas os acertos, mas também a dificuldade das questões.