Vai faltar milho para o Agreste no período de São João. A informação é dos agricultores de Passira, uma das maiores produtoras do grão no Estado. O município movimenta anualmente, no cultivo tradicional, mais de R$ 25,6 milhões, mas, devido à escassez de chuvas, a perda nas lavouras já chega a 90%. Com isso, a conhecida terra do milho sofre o maior prejuízo dos últimos dez anos. Por outro lado, quem trabalha com o plantio irrigado, que corresponde a 5% do total, comemora a melhor produção da década, com lucros de R$ 5,4 milhões.
Em torno de 5,7 mil hectares de terra em Passira são usados para o plantio convencional de milho. Cada hectare produz 300 mãos, ou seja, 15 mil espigas, revendidas nas feiras livres e centrais de abastecimento de Pernambuco e Estados vizinhos. Para este ano, porém, o milho mal vai dar para atender à demanda do Agreste, segundo o secretário de Agricultura da cidade, Lenildo Gomes de Freitas. “Para que nossa plantação corresponda às necessidades do mercado consumidor e famílias agricultoras obtenham lucro, seriam necessários 600 milímetros de chuva, de março a junho. No entanto, não choveu mais de 250 milímetros neste período”, informou Freitas.
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