As cidades do Agreste agora contam com um núcleo de apoio para ajudar a desenvolver projetos em benefício da população. É o Laboratório de Políticas Públicas Municipais, inaugurado este mês pelo curso de administração pública da Associação Caruaruense de Ensino Superior (Asces). A instituição firmou convênio com um consórcio que congrega 14 prefeituras para uma parceria que promete dar um novo impulso à gestão dessas cidades.
Uma sala com computadores serve de sede para o laboratório que vai desenvolver projetos interdisciplinares. Além de ajudar as prefeituras a melhorar sua atuação na administração pública, a iniciativa tem como objetivo aproximar os alunos da prática e das comunidades.
O laboratório está implantando um banco de dados com informações sobre os municípios do Agreste. O arquivo vai dar suporte às ações de análise, planejamento e intervenções nas políticas públicas dos municípios. “A intenção é que os nossos alunos possam ser consultores das prefeituras, que têm dificuldades para montar equipes e sofrem com a falta de material humano capacitado”, diz a coordenadora do curso de administração, Wanda Maria Medeiros.
Ela conta que já foi fechado uma parceria com o Consórcio Municipal do Agreste e Mata Sul (Comagsul), integrado por 14 municípios. Essas são as primeiras prefeituras que contarão com o apoio do laboratório de políticas públicas da Asces. Em Altinho os trabalhos já estão mais adiantados e dois estudantes do curso participam das reuniões para a elaboração do planejamento estratégico do governo municipal.
De acordo com a coordenadora, o trabalho contará com três estágios básicos: diagnóstico da situação, análise dos dados e informações, e intervenção. “As análises dos contextos locais é que vão determinar as políticas a serem desenvolvidas”, explica Wanda Medeiros. O projeto está voltado para as áreas de educação, saúde e segurança pública.
Com a parceria, os gestores poderão ter mais informações de onde buscar os recursos e como aplicar corretamente as verbas existentes. A professora lembra que os recursos existem e muitas vezes não são aproveitados pelas prefeituras por falta de capacitação adequada. Para ela, nos pequenos municípios do Agreste a situação é mais grave ainda e os gestores acabam ficando sozinhos. Este é o primeiro laboratório do tipo em Pernambuco.
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