Nesta quinta-feira (30), a partir das 15h, será inaugurado em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o Sistema de Verificação de Óbito (SVO). O Órgão, primeiro do interior do Estado, funcionará junto com o IML, e atenderá a 80 municípios da região.
Atualmente, só existe SVO no Recife, com uma demanda média de 30 necrópsias por dia, feitas em corpos trazidos de todos os municípios do Estado. “Como o SVO só faz laudos com autorização e presença da família, possibilitaremos que os familiares dos habitantes de toda a macrorregional de Caruaru possam obter o laudo mais perto de casa, de forma mais rápida. Além disso, reduziremos os óbitos sem causa definida na região, conhecendo com maior precisão as doenças e agravos que levam a população local a falecer”, explicou Bárbara Araújo, gestora da rede de SVO do Estado.
Em 2009, 11,3% dos óbitos da macrorregional não tiveram causa definida, um total de 1846 óbitos. Além de Caruaru, a expectativa é de que, em 2011, a macrorregional Petrolina também passe a contar com uma unidade.
O SVO funcionará em um edifício construído no terreno do Hospital Regional do Agreste. E contará com 5 médicos patologistas, 5 auxiliares de necropsia, 5 assistentes sociais e 2 auxiliares administrativos. O serviço funcionará de segunda a sexta, das 7h às 19h. Nos plantões de fim de semana, os encaminhamentos podem ser feitos à unidade do Recife, localizada na Cidade Universitária.
A estrutura do novo prédio contará com recepção, sala de serviço social, laboratório, sala de necropsia e equipamentos como microscópios, raio-x, câmera fotográfica e câmara fria. Cerca de R$ 556 mil foram investidos na construção do espaço (sem contar o valor dos equipamentos).
Uma novidade é que o SVO funcionará integrado ao IML, que antes ocupava um espaço nas dependências do Hospital Regional do Agreste. “Isso facilita a vida dos familiares ainda mais, porque, se for o caso de morte por violência e causas externas, o IML faz a perícia tanatoscópica; caso tenha sido um óbito por causas naturais ou por doenças de interesse para a saúde pública, caso de meningite, leptospirose ou doenças de príon, o corpo está no mesmo local, onde estão os profissionais indicados”, acrescentou Bárbara Araújo.
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