O julgamento dos quatro acusados de matar um menino de nove anos em Brejo da Madre de Deus, no Agreste de Pernambuco, foi adiado pela terceira vez. O júri seria realizado nessa quinta-feira (23) na 4ª Vara do Júri no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife, mas os funcionários da vara esqueceram de convocar uma defensora pública para participar.
O crime contra Flanio Silva Macedo aconteceu em 2012 e desde então a família aguarda por Justiça. "Por conta de erro da equipe, não foi feito o chamamento da Defensoria Pública. Portanto, não poderia haver o julgamento", explicou o juiz Abner Apolinário. O julgamento foi remarcado para o dia 27 de fevereiro.
Pessoas da família de Flanio e moradores de Brejo chegaram a ir à vara, mas foram informados, mais uma vez, do adiamento. "A gente arruma um carro da prefeitura para chegar e fazer a gente de palhaço. Toda vez que eu venho aqui, adoeço. Fica fazendo a gente de palhaço. Não tem nenhum palhaço aqui, não", desabafou a mãe do garoto, a costureira Luzinete Amara.
Relembre o crime
O corpo da criança foi encontrado em um matagal, despido e com as pernas e braços amarrados. O cadáver foi degolado e havia sinais de violência sexual. O caso aconteceu em 2012 e a polícia acredita que os acusados teriam usado o menino para um ritual.
Os acusados são Genival Rafael da Costa, Maria Edileuza da Silva, Ednaldo Justo dos Santos e Edilson da Costa Silva. De acordo com o advogado de defesa de Edilson e Ednaldo, os clientes dele são inocentes. "Nós lamentamos, realmente ocorreu um crime, mas eles, no dia dos fatos, estavam nas suas atividades habituais, foram vistos por diversas outras pessoas, essas pessoas foram ouvidas, confirmaram", disse o advogado.