Após semanas de incertezas com relação à permanência no cargo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou na tarde desta quinta-feira (16), através do Twitter, que foi demitido. O substituto será o oncologista Nelson Teich.
"Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", escreveu o agora ex-ministro.
Na rede social, Mandetta agradeceu à equipe do ministério e desejou êxito ao sucessor no cargo. "Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país", finalizou.
A saída de Mandetta durante a pandemia do coronavírus (covid-19) ocorre após discordâncias entre ele o presidente da República, Jair Bolsonaro. Bolsonaro chegou a dizer, sem citar nomes, que "algo subiu à cabeça" de pessoas do governo e que a hora de quem está "se achando" vai chegar.
Em coletiva de imprensa na quarta-feira (15), o ministro disse que a situação de "descompasso" já é pública. Ele contou ainda que recebeu consultas de pessoas que estão sendo sondadas pelo governo para substituí-lo. Desde o início da crise, Mandetta dizia que só sairia da pasta por decisão do presidente, ou depois do fim da pandemia.
"Parece que eu sou contra o presidente, mas não. São visões diferentes do mesmo problema. Ninguém é dono da verdade. Eu não sou. Temos um conjunto de informações que nos levam a ter conduta de cautela", declarou.
Natural do Mato Grosso do Sul, Mandetta é médico ortopedista, com pós-graduação no Brasil e nos Estados Unidos. Ele começou a carreira política no MDB, em 2005, quando assumiu a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, cidade onde nasceu. Em 2010, deixou o cargo e o MDB e concorreu a deputado federal pelo DEM. Foi reeleito em 2014, mas não tentou novo mandato quatro anos depois.
Mandetta já trabalhou como médico militar tenente no Hospital Geral do Exército e juntou-se a Bolsonaro na oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). O ex-ministro foi contra o programa Mais Médicos e defendia revalidação de diplomas para profissionais estrangeiros. O ortopedista era um dos três ministros do DEM no governo, contando com Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Cidadania).
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