O presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou o novo ministro da Justiça e Segurança Pública. André Luiz de Mendonça substituirá o ex-juiz Sergio Moro, que pediu demissão do cargo na última sexta-feira (24), após saber que o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pessoa da confiança dele, seria exonerado. Quem ocupará o lugar de Valeixo na PF será Alexandre Ramagem. Os decretos com a nomeação de Mendonça e Ramagem foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (28).
Natural de Santos (SP), André Mendonça tem 46 anos, é doutor em Estado de Direito e Governança Global e mestre em Estratégias Anticorrupção e Políticas de Integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Formado em Direito na Faculdade de Bauru (SP), ele é pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília.
Mendonça é advogado da União desde 2000 e foi corregedor-geral da Advocacia da União e diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, ele atuou como assessor especial do ministro na Controladoria-Geral da União (CGU), quando coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas. O novo ministro é ainda pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília.
Já Alexandre Ramagem, que assume a PF, era o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele entrou na Polícia Federal em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. A primeira lotação de Ramagem foi na Superintendência Regional da PF de Roraima. Ele teve passagens por Brasília e Rio de Janeiro, com atuação no combate ao crime organizado e a crimes contra a pessoa, além da operação Lava Jato.
Em 2018, foi coordenador de Segurança de Bolsonaro, quando o presidente ainda era candidato. Ramagem é amigo dos filhos do presidente. Ele é graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A demissão de Moro do governo do presidente Jair Bolsonaro foi confirmada pelo ex-ministro na última sexta-feira (24), durante pronunciamento. O motivo da saída, segundo ele, foi a exoneração de Valeixo sem justificativa. Na avaliação de Moro, só deveria haver substituição em caso de "erro grave" ou "insuficiência de desempenho", o que de acordo com o ex-ministro, não existiu: "O que houve foi um trabalho bem feito".
O ex-ministro afirmou que com a mudança, houve "violação da carta branca" que Bolsonaro teria dado quando ele assumiu o cargo e "uma clara interferência política na PF". Moro declarou que Bolsonaro "disse expressamente" que queria ter na direção-geral da PF uma pessoa com quem ele pudesse ter um contato pessoal para obter relatórios de inteligência e que o presidente estava preocupado com o andamento de inquéritos envolvendo a família no Supremo Tribunal Federal (STF).
*Com informações da Agência Brasil
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