As filas para receber atendimento na agência da Caixa Econômica Federal (CEF) no centro de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, começam no fim da tarde do dia anterior, mesmo o banco só abrindo para o público às 8h. Por volta das 19h30 dessa quarta-feira (29), já havia de 100 a 150 pessoas aguardando na fila da agência.
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Seu José era o segundo da fila e chegou às 17h. Ganhou uma marmita e um café, que seriam o jantar de uma longa noite. Ele disse que sentiu dificuldades no momento de se cadastrar no site do Auxílio Emergencial. Para ele, o esforço é válido. "Vale a pena tentar para ver se sai esse dinheirinho para pagar as contas", disse.
A repórter Elessandra Melo, da TV Jornal Interior, chegou a falar com um idoso que estava pela terceira vez na fila, mas não era para receber o auxílio. Parte do grupo de risco do coronavírus, ele estava guardando lugar na fila para outras pessoas, cobrando R$ 30.
Para tentar minimizar a aglomeração de pessoas, a prefeitura de Caruaru decidiu interditar a Avenida Coronel Limeira, que faz esquina com a Rua Capitão João Velho, onde fica a agência. Um "X" foi colocado no chão para sinalizar a distância que as pessoas deveriam ficar umas das outras para evitar a contaminação pela covid-19.
Durante o dia, é possível ver idosos, grávidas e pessoas com crianças de colo aguardando. Algumas de máscaras, outras, não. O agricultor Cícero Alves espera que consiga receber o auxílio, mas ainda não sabe se o beneficio vai sair. "Estamos completamente parados, ninguém está tendo condição de trabalhar por conta dessa pandemia", lamenta.
O autônomo Antenor Rufino era o primeiro da fila na quarta. Ele se emocionou ao falar da espera: "Um homem doente, vive na fila, estou aqui a pulso, só Deus é quem sabe".