O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo na manhã desta sexta-feira (15). Ele passou quase um mês à frente do ministério, em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19). Uma coletiva de imprensa será realizada nesta tarde sobre o assunto.
Teich foi anunciado no cargo no dia 16 de abril, mesmo dia em que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi demitido. Entre os principais motivos para a saída está a discordância de Teich e do presidente Jair Bolsonaro sobre o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina para tratar pacientes com a covid-19. A decisão teria sido tomada após uma reunião com o presidente.
O presidente é defensor ferrenho do uso da medicação; apesar disto, não há evidências científicas de que o remédio seja realmente efetivo. Apesar de haver alguns relatos de que o remédio contribui no tratamento do novo coronavírus, a classe médica pondera que o remédio provoca efeitos colaterais que podem ser ainda mais prejudiciais e levar o paciente à morte.
No início da semana, Nelson Teich passou por um momento constrangedor no governo, quando foi informado por jornalistas - durante uma coletiva de imprensa - sobre a inclusão de academias de ginástica, salões de beleza e barbearias na lista de serviços considerados essenciais. Ou seja, não houve comunicação prévia ao ministro. O isolamento social também foi ponto de divergências.
No dia da posse, Teich chegou a dizer que existia um "alinhamento completo" entre ele o o presidente. "Existe um alinhamento completo aqui, entre mim e o presidente, e todo o grupo do ministério, e que realmente o que a gente está aqui fazendo é trabalhar para que a sociedade retome cada vez mais rápido uma vida normal", declarou, na ocasião.
Nelson Teich é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
Teich chegou a atuar como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.
O Brasil teve 844 novos registros de mortes na quinta-feira (14) e o total chega a 13.993. O resultado representou um aumento de 6,4% em relação a quarta (13), quando foram contabilizados 13.149 mil falecimentos pela covid-19.
Já os novos casos confirmados foram 13.944, totalizando 202.918. Foi o maior número de casos confirmados registrados em 24 horas desde o início da pandemia no país. O resultado marcou um acréscimo de 7,3% em relação ao dia anterior, quando o número de pessoas infectadas estava em 188.974.
Do total de casos confirmados, 109.446 (53,9%) estão em acompanhamento e 79.479 (39,2%) foram recuperados. Há ainda 2.000 mortes em investigação.
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