O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse na manhã desta quarta-feira (5) que o auxílio emergencial não será prorrogado por muito tempo. O benefício estava previsto para durar três meses e foi ampliado para duas parcelas extras.
"Não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bilhões [por mês]. A economia tem que funcionar, e alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado", declarou em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.
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O auxílio emergencial é pago a mais de 60 milhões de brasileiros e foi criado para socorrer trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), desempregados e outras pessoas de baixa renda impactadas pela pandemia do novo coronavírus.
Avaliação
Apesar da fala de Bolsonaro, o Ministério da Economia estuda a possibilidade de estender o benefício até dezembro deste ano. Se o auxílio for prorrogado novamente, o valor da parcela seria reduzido, de R$ 600 para R$ 200.
O valor mais baixo já era desejo do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde o início da pandemia da covid-19. O ministro defende que este é o valor médio que recebem os beneficiários do programa Bolsa Família.
A redução, entretanto, precisaria passar pelo Congresso, uma vez que o Governo Federal só pode prorrogar o benefício por conta própria se mantiver o valor já previsto em lei.
O Ministério da Economia também avalia a criação do Renda Brasil, um programa de transferência de renda que substituiria o Bolsa Família.