Outras sete mulheres procuraram a 89ª Circunscrição Policial, em Caruaru, no Agreste, para denunciar casos de importunação sexual cometidos pelo médico radiologista, de 54 anos, que atende em um consultório do município. Na última terça-feira (9), o profissional foi preso em cumprimento a um Mandado de Prisão expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru.
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No total, 11 mulheres procuraram a polícia para realizar denúncias até esta quarta-feira (10). Uma vítima que realizou denúncia concedeu entrevista ao programa Sem Meias Palavras, da TV Jornal, e relatou como ocorreu o caso de violação sexual. Ela contou que teve coragem para denunciar o abuso depois que outras vítimas denunciaram.
A vítima relatou que achou estranho porque o médicou exigiu que ela tirasse toda a roupa para a realização de um exame de ultrassom e contou ainda que foi apalpada pelo médico. "Eu fui fazer apenas uma ultrassom de mama e ao terminar, ao invés de me liberar, ele ficou me acariciando. Ele acariciava e ficava fazendo perguntas pessoais, que não tinham nada a ver com o exame", relatou a mulher.
O suspeito foi encaminhado a Penitenciária Juiz Plácido de Souza após cumprir a prisão preventiva e o advogado de defesa diz que as acusações contra o cliente serão esclarecidas em juízo e os fatos ocorridos dentro do processo estão sendo tramitados em segredo de justiça.
O Conselho Regional de Medicina (Cremepe) informou na noite dessa terça-feira (9) que vai apurar o caso. A polícia solicita que as pacientes que tenham sido vítimas do médico compareçam à 89ª Delegacia de Policia, para que as investigações sejam continuadas.
Investigações
A Polícia Civil informou em coletiva de imprensa que o Mandado de Prisão foi expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Caruaru e que investigação do caso começou no dia 9 de dezembro de 2020, quando uma das vítimas procurou a 89ª Delegacia de Policia, no bairro do Salgado, para fazer a denúncia.
A paciente relatou que esteve no consultório do médico, localizado na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro Mauricio de Nassau, para realizar uma exame de ultrassom pré-operatório. Durante a realização do exame, o suspeito teria cometido o crime de importunação sexual.
A polícia instaurou um inquérito e identificou outras duas vítimas, uma molestada em outubro de 2016 e a outra em setembro de 2020. As pacientes chegaram a alegar que o médico médico fazia questionamentos sobre a vida pessoal delas e chegava a apalpar elas em partes íntimas durante a realização de exames.
"As declarações das vítimas foram coesas ao afirmarem que o médico teria praticado os atos libidinosos durante atendimento, demonstrando assim conduta reiterada, sempre utilizando o mesmo modus operandi", diz a polícia em nota.
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