Um bebê de cinco meses recebeu a doação de parte do fígado do pai, em Porto Alegre. O menino foi diagnosticado com uma doença genética que atinge o fígado, a família percebeu os primeiros sintomas e procurou o hospital. O quadro dele evoluiu rapidamente e o transplante era a única opção.
Matheus nasceu no dia 22 de agosto de 2020, em alguns dias ele já apresentou os primeiros sintomas da doença. A família percebeu que ele estava ficando com a pele amarelada. Os pais foram até o hospital e receberam o diagnóstico de deficiência de alfa 1 antitripsina.
“Fiquei sem chão, é o pesadelo de toda mãe descobrir que seu filho tem uma doença tão séria. Só de ouvir falar na possibilidade de um transplante meu sangue gelou. Pensar em um bebezinho tão pequeno – que até então vivia no colo – em um centro cirúrgico, não parece fazer sentido”, relembra Louise.
A doença avançou rapidamente, e Matheus foi encaminhado com urgência para a Santa Casa, em Porto Alegre, com a indicação para transplante de fígado. Correndo contra o tempo e com possibilidade rara de compatibilidade, o pai realizou exames e descobriu que poderia doar parte do fígado para o filho.
“Fiquei com muito medo de não ser compatível com ele, pois somos de grupos sanguíneos diferentes, mas, felizmente, a realização de transplante hepático intervivos foi possível, e isso tirou um peso enorme das nossas costas”, relembra Heron Baasch.
O procedimento estava agendado para o dia 11 de janeiro, mas teve que ser antecipado para o dia 4 devido à piora que o menino apresentou no final do ano. A cirurgia durou 12 horas, foi bem sucedida e Matheus teve alta do hospital. Ele e a família aguardam a liberação médica para viajar de volta para casa, em Santa Catarina.