O Governo de Pernambuco anunciou na última terça-feira (23) que adotará novas medidas restritivas no combate à pandemia da Covid-19 no Estado. Em entrevista à Rádio Jornal, o secretário estadual de Saúde, André Longo, destacou que as estratégias apresentadas no novo decreto buscam a regredir a pressão provocada no sistema de saúde pelo aumento de casos.
> Entenda quais são os serviços essenciais que podem funcionar em Pernambuco a partir do novo decreto
De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, de 26 de fevereiro a 10 de março, apenas os serviços essenciais vão funcionar nos 63 municípios das II, IV e IX Gerências Regionais de Saúde (Geres), com sedes em Limoeiro, Caruaru e Ouricuri, no Agreste e Sertão. A medida foi detalhada por André Longo durante a entrevista.
O secretário destacou que o governo estadual tem monitorado as atividades realizadas em todo o Estado e identificou um comportamento "anormal" na Zona da Mata Norte, no Agreste e no Araripe, o que provocou o aumento de casos de coronavírus nestas regiões. "O governador Paulo Câmara adotou medidas proporcionais a situação epidemiológica que a gente está diagnosticando nestes 63 municípios que abrangem as três regionais de saúde", explicou.
> Na contramão do Estado, cidades do Agreste apresentam baixos índices de contágio por Covid-19
André Longo destacou ainda que a ideia do governo estadual não é de prejudicar o comércio e as atividades econômicas, mas tem como objetivo, sobretudo, a conscientização das pessoas. "A gente preserva o funcionamento das atividades econômicas nessas cidades mas dá um 'freio de arrumação' para que a população possa ajudar a diminuir a transmissão da doença e diminuir a quantidade de doentes que está chegando no sistema de saúde", afirmou.
Fiscalização
A respeito da fiscalização das novas medidas adotadas, o secretário de Saúde disse que existe um planejamento pensado junto com a Secretaria de Defesa Social (SDS), Procon, Vigilância Sanitária e representantes das Geres. "Até a próxima sexta-feira (26) um plano de fiscalização deverá estar pronto para atuar nestas cidades", explicou Longo.
O secretário destacou ainda que a fiscalização será feita em conjunto com os poderes públicos municipais dos 63 municípios.
Confira a entrevista completa