O Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgou, na última sexta-feira (21), que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aumentaram e, pela primeira vez, a média de idade de pessoas internadas por Covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTIs) de todo o país ficou abaixo de 60 anos.
Isso significa que, gradativamente, pessoas mais jovens estão sendo internadas com a doença que já matou cerca de 448 mil pessoas no Brasil. Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbito. São atualmente, em grande parte, devido a infecções por Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19.
De acordo com o boletim, 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia, alertam os pesquisadores. “Diferentemente das últimas semanas, mais da metade dos casos de internação hospitalar e internação em UTI ocorreram entre pessoas não idosas. Em relação aos óbitos, embora a mediana ainda seja superior a 60 anos, ao longo deste ano, houve queda num patamar de 10 anos. Os valores de mediana de idade dos óbitos foram, respectivamente, 73 e 63 anos”, diz o boletim.
A análise comparou a Semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a média de idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na semana 1; para 55 anos na semana 18. Já a média de idade de internações em UTI foi de 68 anos na semana 1 para 58 anos na semana 18.
Leitos de UTI e novos casos
De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 17 de maio de 2021 sinalizaram alerta já que vinham mantendo tendência de queda lenta. No entanto, apresentaram entre os dias 10 e 17 de maio pequenas elevações em muitos estados e capitais, interrompendo a impressão de melhoria do quadro geral.
Durante as duas últimas semanas epidemiológicas, houve uma redução das taxas de mortalidade no Brasil. Mas, as taxas de incidência de novos de Covid-19, permanecem altas.
*Com informações da VEJA