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Pernambuco inicia aplicação da 3ª dose da vacina contra a Covid-19 no dia 15 de setembro

O Estado quer ampliar a resposta imune do organismo no público considerado mais suscetível à doença.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 27/08/2021 às 7:50
Edmilson Tanaka
FOTO: Edmilson Tanaka

O Governo de Pernambuco decidiu na última quinta-feira (26) que a aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 para as pessoas com imunossupressão e de idosos a partir dos 70 anos tem início no dia 15 de setembro. A decisão foi tomada por meio da Comissão Intergestores Bipartite (CIB-PE), espaço de pactuação que reúne Estado e os municípios pernambucanos, e do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19.

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, os indivíduos imunossuprimidos deverão fazer o reforço vacinal a partir do 28º dia após a segunda dose. Já os idosos devem fazer seis meses após a segunda. A imunização deve ser feita, prioritariamente, com o imunizante da Pfizer. De maneira alternativa, também pode ser usada a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.

O objetivo da dose de reforço é ampliar a resposta imune do organismo no público considerado mais suscetível à doença, evitando a morbimortalidade. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, a proteção dada pela vacina pode decair ao longo dos meses, sendo necessário ampliar essa resposta imune. O governo estadual explicou que as doses que serão enviadas pela pasta serão específicas para essa estratégia e a ação é paralela à vacinação de primeira e segunda doses.

"Acreditamos que, com a continuidade do esquema em toda a população acima de 18 anos, garantindo a segunda dose para todos, garantindo a extensão dos adolescentes, essa outra orientação irá somar e, assim, será um caminho para controlar a pandemia", reforçou o pediatra Eduardo Fonseca, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e membro do Comitê Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19.

Segunda dose

O Ministério da Saúde também informou que, a partir de setembro, reduzirá o intervalo entre a primeira e segunda dose das vacinas da Pfizer e Astrazeneca para a partir de oito semanas (60 dias), ao invés de 12 semanas (90 dias). O Estado já havia pactuado a possibilidade da segunda dose da Astrazeneca ser feita a partir de 60 dias a depender de estoque de dose 2 nos municípios.

"Desde o início, nós estamos trabalhando para fazer a entrega das vacinas de forma equânime entre os municípios. Trabalhamos assim nos envios dos grupos prioritários e atuamos para corrigir, junto ao Ministério da Saúde, as estimativas populacionais dos adultos entre 18 e 59 anos. Agora, com essa nova forma de distribuição, vamos conseguir ser mais justos e pagaremos as doses aos municípios que tiveram atualização na estimativa populacional, permitindo que todos avancem de forma igualitária nesta campanha", disse a superintendente de Imunizações da SES-PE, Ana Catarina de Melo.