A multiculturalidade do Nordeste pode ser observada em diversas características da região, como na gastronomia, no turismo e na arte. Quando o assunto são expressões artísticas, é possível destacar a pluralidade de ritmos musicais que nasceram nos nove estados que fazem parte da região, que é a segunda mais populosa do país.
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Em Pernambuco, o som do manguebeat se popularizou nas composições de Chico Science. O Estado também tem como marca cultural o maracatu, a ciranda, o frevo que toma conta das ruas no carnaval, o forró, que tem até uma "capital" dedicada a ele no interior do Estado, e um ritmo estilizado que tem ganhado o coração dos pernambucanos: o piseiro.
O forró se popularizou em todo o país na voz do mestre Luiz Gonzaga, na década de 50, e ganhou admiradores e variações ao longo dos anos. Uma delas é o piseiro, que surgiu nos anos 2000 e recentemente virou uma febre em todo o Brasil.
Alguns artistas nordestinos são conhecidos e fazem sucesso nacionalmente por produzirem e cantarem composições com este ritmo, como Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro, Natanzinho, Vitor Fernandes, João Gomes e Eric Land.
Como surgiu o piseiro?
O ritmo, que não pode faltar nas aulas de dança das academias, nas "dancinhas" publicadas nas redes sociais e nas playlists de muita gente surgiu dos eventos realizados no Nordeste, que tocavam esse tipo de forró estilizado.
"O termo 'piseiro' é originário do evento, da festa, que é como se fosse um ponto de encontro, onde as pessoas se encontravam para dançar e pra tocar 'pisadinha', onde se colocavam os paredões. Esse termo também faz alusão ao piso de terra, de areia batida, explica o professor de licenciatura em música, Maurício César.
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