Dia do nordestino

Terra do forró, axé e piseiro: pluralidade de ritmos é sinal da multiculturalidade do Nordeste

A música é uma das características mais marcantes da região.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 07/10/2021 às 12:49
Notícia
Divulgação/Robson Lima
Sanfoneiros de escola de música participam do evento - FOTO: Divulgação/Robson Lima

A multiculturalidade do Nordeste pode ser observada em diversas características da região, como na gastronomia, no turismo e na arte. Quando o assunto são expressões artísticas, é possível destacar a pluralidade de ritmos musicais que nasceram nos nove estados que fazem parte da região, que é a segunda mais populosa do país.

Como surgiu o Dia do Nordestino? Conheça a história por trás da data

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Em Pernambuco, o som do manguebeat se popularizou nas composições de Chico Science. O Estado também tem como marca cultural o maracatu, a ciranda, o frevo que toma conta das ruas no carnaval, o forró, que tem até uma "capital" dedicada a ele no interior do Estado, e um ritmo estilizado que tem ganhado o coração dos pernambucanos: o piseiro.

O forró se popularizou em todo o país na voz do mestre Luiz Gonzaga, na década de 50, e ganhou admiradores e variações ao longo dos anos. Uma delas é o piseiro, que surgiu nos anos 2000 e recentemente virou uma febre em todo o Brasil.

Alguns artistas nordestinos são conhecidos e fazem sucesso nacionalmente por produzirem e cantarem composições com este ritmo, como Barões da Pisadinha, Zé Vaqueiro, Natanzinho, Vitor Fernandes, João Gomes e Eric Land. 

Como surgiu o piseiro?

O ritmo, que não pode faltar nas aulas de dança das academias, nas "dancinhas" publicadas nas redes sociais e nas playlists de muita gente surgiu dos eventos realizados no Nordeste, que tocavam esse tipo de forró estilizado. 

"O termo 'piseiro' é originário do evento, da festa, que é como se fosse um ponto de encontro, onde as pessoas se encontravam para dançar e pra tocar 'pisadinha', onde se colocavam os paredões. Esse termo também faz alusão ao piso de terra, de areia batida, explica o professor de licenciatura em música, Maurício César.

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