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Bolsonaro diz que Enem está mantido e que prova 'começa a ter a cara do governo'

Ao menos 35 servidores se demitiram na últimas semanas após serem pressionados par alterar questões do exame.

Eduarda Cabral
Eduarda Cabral
Publicado em 16/11/2021 às 7:59
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ISAC NÓBREGA/PR
Presidente Jair Bolsonaro (PL) - FOTO: ISAC NÓBREGA/PR

Em declaração feita na última segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) "começa a ter a cara do governo". O presidente, que sempre defendeu uma espécie de patrulha ideológica sobre o exame, garantiu que as provas serão realizadas apesar dos pedidos de demissão de, ao menos, 35 servidores, que deixaram os cargos após serem pressionados a mudar as questões das provas.

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De acordo com Bolsonaro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, garantiu que o exame será aplicado sem impactos provocados pelas demissões no no INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Por meio de cartas, os  funcionários que pediram exoneração alegaram fragilidade técnica e administrativa da gestão, além da patrulha política para não desagradar o Palácio do Planalto na elaboração das questões.

As provas serão aplicadas entre os dias 21 e 28 de novembro e cerca de 3,1 milhões de candidatos se inscreveram. "O Milton é do ramo. Ele mandou uma mensagem há pouco e disse que a prova do ENEM vai ocorrer na mais absoluta tranquilidade", disse Bolsonaro, durante entrevista na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

"Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do ENEM. Ninguém precisa agora estar preocupado com aquelas questões absurdas do passado, o tema da redação não tinha nada a ver com nada. Realmente é algo voltado ao aprendizado", disse Bolsonaro.

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