Em declaração feita na última segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) "começa a ter a cara do governo". O presidente, que sempre defendeu uma espécie de patrulha ideológica sobre o exame, garantiu que as provas serão realizadas apesar dos pedidos de demissão de, ao menos, 35 servidores, que deixaram os cargos após serem pressionados a mudar as questões das provas.
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De acordo com Bolsonaro, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, garantiu que o exame será aplicado sem impactos provocados pelas demissões no no INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Por meio de cartas, os funcionários que pediram exoneração alegaram fragilidade técnica e administrativa da gestão, além da patrulha política para não desagradar o Palácio do Planalto na elaboração das questões.
As provas serão aplicadas entre os dias 21 e 28 de novembro e cerca de 3,1 milhões de candidatos se inscreveram. "O Milton é do ramo. Ele mandou uma mensagem há pouco e disse que a prova do ENEM vai ocorrer na mais absoluta tranquilidade", disse Bolsonaro, durante entrevista na Expo Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
"Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do ENEM. Ninguém precisa agora estar preocupado com aquelas questões absurdas do passado, o tema da redação não tinha nada a ver com nada. Realmente é algo voltado ao aprendizado", disse Bolsonaro.
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