No primeiro dia de provas do Enem 2021, os candidatos responderam questões objetivas de linguagens e ciências humanas e redação. Esse ano o tema foi: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. Pode parecer complicado à primeira vista e distante da nossa realidade, mas está mais próximo do que imaginamos.
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Sara Larissa conheceu bem a realidade de “ser invisível”, por 25 anos da sua vida ela não teve documentos, ela não podia trabalhar, receber quaisquer benefícios e seus filhos também. Ela mora em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, sua fuga era pedir dinheiro ou comida nos semáforos da cidade e assim tentar sobreviver.
"Não tenho um papel pra mostrar que eu existo no mundo", disse na época. Ela não tinha seus mínimos direitos comuns por não ter os documentos.
Seus cinco filhos iriam seguir da mesma maneira, pois sem os documentos da mãe, eles também não tinham esse direito. Eles eram a maior preocupação de Sara, de que eles não enfrentassem a mesma dificuldade que ela.
Desde os três anos de Sara, a mãe, Maria do Carmo tentou registrá-la mas não conseguiu por ter uma exigência de que o pai da criança estivesse no momento, mas eles eram separados.
Emoção
Depois dos 25 anos, Sara conseguiu seus documentos. Com a ajuda do Conselho Tutelar de Caruaru, ela tirou sua certidão de nascimento. No dia de buscar seu primeiro documento e comprovar para o mundo que ela existe, a jovem não cabia de felicidade e só conseguia pensar que seus filhos também poderiam existir e que não iriam passar pelas mesmas dificuldades que ela.
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