A família de Beatriz Mota, menina que foi morta com 42 facadas em 2015 em Petrolina, no Sertão do estado, segue na caminhada da cidade até o Recife para cobrar justiça. Nesta quarta-feira (22), a mãe da criança, Lúcia Mota, mais uma vez fez um apelo ao governador do estado, Paulo Câmara (PSB), para federalizar o caso.
..
Lúcia gostaria da ajuda de peritos americanos nas investigações. "Governador, o senhor é pai, o senhor é filho, o senhor é irmão. Atenda o nosso pedido. Por que não atender um pedido de dois pais? [...] O senhor tem uma Beatriz também da mesma idade que a minha, então lhe custa nada", disse ela.
"É um ato de humanidade o senhor aceitar o nosso pedido de colaboração dos peritos americanos. Existe previsão legal na nossa Constituição para esse pedido, então se o senhor não aceitar, o senhor está sendo desumano", afirmou.
Veja o vídeo:
Nessa segunda-feira (20), o governo estadual havia divulgado que encontraria os pais de Beatriz e que os familiares da menina haviam sido contactados pelo gabinete. Lucinha negou que o governador tenha entrado em contato com ela. "É impossível eu estar em Recife hoje. Não tem como. A previsão de chegar em Recife é no dia 28 porque eu venho caminhando. Eu não ando de carro. E dizer que vai mandar um carro para me buscar é mentira porque nós não combinados nada", disse ela.
"Isso [ir encontrar o governador de carro] seria uma falta de respeito com a minha luta. Eu estou caminhando desde Petrolina. Não entrei em nenhum carro de lá para cá", reforçou.
Relembre o caso
Beatriz Mota foi morta aos 7 anos de idade com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio em que estudava, em Petrolina.
O assassinato aconteceu durante a festa de formatura da irmã da menina. Beatriz se afastou dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo dela foi encontrado aproximadamente de 30 minutos depois.
Comentários