No sítio Camboa, zona rural da cidade de São Caetano, a família de Maria das Dores da Conceição, entra no índice de 11,8% da população que vive na extrema pobreza. Dando o que pode e quando tem, a mãe tenta driblar os desafios e dificuldades que aparecem.
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São oito pessoas que vivem em uma casa precária, que foi construída com o dinheiro do auxílio emergencial. Sem banheiro, sem água encanada e com a geladeira vazia, é como a família sobrevive.
Renda
Toda a renda vinha de um lixão que foi desativado, agora o pai tenta um bico na cidade dia após dia, muitas vezes volta com 30 reais no bolso para conseguir suprir todas as despesas.
“Se eu pudesse e tivesse condições queria dar uma vida melhor pra eles, uma casa talvez melhor, porque aqui é muito apertado também e muita criança. Depende da fonte de renda da gente, que não dá, que se desse eu queria o melhor pra meus filhos”, contou Conceição.
Saúde
São seis crianças correndo e brincando pela casa, mas três precisam de ajuda médica. A menor, Vitória, de 11 meses, nasceu com um sopro no coração, e até hoje não conseguiu realizar um ecocardiograma pelo SUS. Muitas vezes por semana ela tem crises e sente dor e falta de ar.
Já Levi, de 2 anos, tem calazar ou leishmaniose visceral, uma doença que quando não é tratada, chega a ser fatal em mais de 95% dos casos. O pequeno foi tratado, passou 29 dias no hospital e agora está melhor, mas a família gostaria de uma revisão dos exames, para ter a certeza.
Larissa, de 6 anos, tem autismo e ansiedade e era acompanhada por profissionais pelo SUS, mas por conta da pandemia, as consultas diminuíram e agora apenas uma vez no mês ela visita a psicóloga.
Sonhos
As crianças querem bicicleta, uma boneca, um cavalinho e uma barbie look de festa de natal e às vezes uma barriga cheia no fim do dia. A mãe só quer a condição de poder ter todas as refeições na mesa, poder comprar os brinquedos que eles pedem e quer conseguir dar uma vida melhor.
Renata Araújo e Paulo César conversaram pessoalmente com eles, viram como são as condições e contaram a história na reportagem que está a seguir.
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