tragédia

Adolescente suspeito de soltar bomba que matou criança vai responder por ato infracional análogo a homicídio

Pai da vítima disse que pediu para grupo parar de jogar explosivos na rua, mas adolescentes ignoraram

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 28/12/2021 às 7:28 | Atualizado em 28/12/2021 às 7:59
Notícia
Foto: Reprodução/Câmera de segurança
Câmera registra adolescente jogando objeto em casa. - FOTO: Foto: Reprodução/Câmera de segurança

Nessa segunda-feira (27), foi indiciado por ato infracional análogo a crime de homicídio o adolescente que aparece nas imagens gravadas por câmeras de segurança arremessando o explosivo que matou a menina Aylla Manuella Ribeiro da Piedade, de 4 anos.

Aylla morreu nesse domingo (26), depois de ser atingida por um explosivo, na residência da família, em Barretos (SP). Ela foi encaminhada para a Santa Casa da cidade, onde chegou a ser internada, mas não resistiu.

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Segundo a delegada Juliana da Silva Paiva, do 3º Distrito Policial de Barretos (SP), a bomba atingiu a nuca e o peito da menina.

A delegada também afirmou que o adolescente sabia que dentro da casa de Aylla havia três pessoas e, mesmo assim, continuou arremessando as bombas.

O padrasto de Aylla contou, em depoimento à polícia, que pediu para que o adolescente parasse de jogar os explosivos, mas o rapaz teria se negado e ainda respondido de forma mal-educada.

"O pai agarrou a criança, levou lá fora e mostrou para o menor infrator o que tinha ocorrido e levou a criança para o hospital. A gente conseguiu observar que a bomba foi arremessada na direção da casa. Logo depois, a gente viu que as crianças perceberam que fizeram errado. Não dá para falar que elas estavam apenas brincando de jogar a bomba sem direção específica", disse a delegada.

Adolescente escondido

Ainda segundo a delegada, o adolescente está escondido por medo de represálias e linchamento. Ele não tinha passagem pela polícia.

A mãe do garoto de 14 anos se comprometeu a apresentá-lo na delegacia até sexta-feira (31), acompanhada de advogados. No inquérito policial entregue ao Ministério Público, a delegada pediu a internação provisória do adolescente.

De acordo com o boletim de ocorrência, após a morte da menina, um grupo de 30 moradores incendiou a casa do suspeito. O imóvel teve danos de grande proporção.

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