Investigações

Caso Beatriz: Veja detalhes da suposta carta do suspeito afirmando que foi ameaçado para assumir autoria do crime

Advogado divulgou a carta nessa terça (18)

Marilia Pessoa Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 19/01/2022 às 8:49 | Atualizado em 19/01/2022 às 8:53
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REPRODUÇÃO/TV JORNAL
Carta escrita pelo suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota - FOTO: REPRODUÇÃO/TV JORNAL

O advogado Rafael Nunes divulgou nessa terça-feira (18) uma suposta carta escrita pelo suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. Na carta, o suspeito teria afirmado que foi ameaçado para assumir a autoria do crime.

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"Eu sou inocente, eu não matei a criança, confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte, preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino", diz parte da suposta carta.

Segundo Nunes, a carta teria sido escrita depois que ele assumiu o caso. O suspeito teria pedido para falar com a mãe da menina, Lúcia Mota. "Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe. Deus é justo", disse.

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Leia a suposta carta completa:

"Eu sou inocente, eu não matei a criança, confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte, preciso de ajuda.

Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe. Deus é Justo".

REPRODUÇÃO/TV JORNAL
Carta escrita pelo suspeito de matar a menina Beatriz Angélica Mota - REPRODUÇÃO/TV JORNAL

Nesta semana, Rafael Nunes passou a substituir a outra advogada do suspeito, Niedja Mônica da Silva. Ao ser questionado sobre quem paga os honorários para defender o suspeito de matar Beatriz, o advogado disse ser uma questão de foro íntimo.

Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) disse que o inquérito sobre a morte de Beatriz está sendo realizado dentro de todos os parâmetros legais e que o indiciamento do suspeito foi realizado após identificação através de comparação de DNA.

Ainda na nota, a SDS disse que o caso segue sob sigilo e que a Polícia Civil de Pernambuco está dando continuidade às diligências solicitadas pelo Ministério Público Estadual.

Leia a nota:

"A Secretaria de Defesa Social reforça que todo o inquérito sobre o assassinato da menina Beatriz está sendo realizado dentro de todos os parâmetros legais, com zelo e lisura. Esclarece ainda que o indiciamento do suspeito do crime foi realizado após a identificação positiva através de comparação de DNA. Essa é uma prova técnico-científica, que foi ratificada pela confissão do preso que se coaduna com as demais provas existentes no inquérito policial e é compatível com a dinâmica dos fatos e toda a linha de tempo descoberta durante a investigação.

Importante ressaltar que a Polícia Civil filmou o depoimento na íntegra, seguindo todas as regras legais, a fim de evitar quaisquer questionamentos, tentativas de macular a confissão ou estratégias projetadas para tumultuar o caso.

A SDS informa, ainda, que o caso segue sob sigilo, e a Polícia Civil de Pernambuco está dando continuidade às diligências solicitadas pelo Ministério Público Estadual, bem como à compilação de todas as provas necessárias para conclusão do inquérito policial e consequente remessa ao MPPE".

Identificação do suspeito

No dia 11 de janeiro, a Polícia Civil de Pernambuco divulgou que havia identificado o suspeito de matar Beatriz. Foi realizada uma coletiva para trazer detalhes na sede da Secretaria de Defesa Social, no Recife na última quarta-feira (12).

A polícia informou que o suspeito já estava preso por outros delitos e foi identificado por meio de análises de DNA do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos.

Foram analisados os perfis genéticos de 125 suspeitos e o homem foi identificado através do material encontrado na faca utilizada para matar Beatriz.

Relembre o Caso Beatriz

Beatriz Angélica Mota foi morta a facadas aos sete anos de idade no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada do colégio em que estudava, durante uma festa de formatura.

Ela se afastou dos pais para beber água e não voltou. O corpo da menina foi encontrado aproximadamente 30 minutos depois.

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