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CASO MARCELO ARRUDA: Justiça concede prisão domiciliar a Jorge Guaranho, bolsonarista que matou petista em festa de aniversário

Guaranho cumprirá a prisão preventiva em regime domiciliar e usará tornozeleira eletrônica

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 11/08/2022 às 8:58
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Policial penal Jorge José da Rocha Guaranho (foto) não ficará mais em prisão domiciliar após matar Marcelo Arruda - FOTO: REPRODUÇÃO

A Justiça do Paraná relaxou o regime da prisão do agente penitenciário federal Jorge Guaranho, que responde pelo assassinato a tiros do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. O crime aconteceu no dia 9 de julho em Foz do Iguaçu (PR).

A decisão do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, foi tomada depois que o Departamento de Polícia Penal do Paraná informou que não teria estrutura para garantir a segurança do bolsonarista no presídio.

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Agora, ele cumprirá a prisão preventiva em regime domiciliar e usará tornozeleira eletrônica pelo prazo inicial de 90 dias. Guaranho só poderá sair de casa se houver necessidade médico-hospitalar.

Antes disso, dois pedidos de prisão domiciliar apresentados pela defesa haviam sido negados pelo magistrado.

Após um mês internado por também ter sido baleado no dia do crime, o bolsonarista recebeu alta nesta quarta-feira (10). Ele ainda não havia sido transferido para o presídio, mas ocuparia uma cela isolada dos demais detentos por ser agente penal federal.

Em sua decisão, o juiz criticou a demora do governo em comunicar a Justiça de que não seria capaz de manter o réu preso.

"Não bastasse a absurda situação de se constatar a total incapacidade técnica do Estado em cumprir a ordem judicial que decretou a prisão preventiva do réu, tem-se a inacreditável omissão em comunicar tempestivamente a sua inaptidão", diz um trecho da decisão.

O Estadão entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Paraná, mas não teve retorno até o fechamento do texto.

 

*Com informações da Estadão Conteúdo

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