Já era esperado que o governo Lula retirasse a Petrobras do programa de privatização e, no Nordeste, adotasse ações para concluir a Refinaria Abreu e Lima, em Suape.
No final do ano passado, o Blog de Jamildo postou o texto especial "Com conclusão da REFINARIA de Abreu e Lima, Lula pode criar 12 mil novos EMPREGOS em SUAPE"
Em novembro de 2022, o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, disse ao Blog de Jamildo que o acordo extrajudicial para concluir em definitivo a dragagem do canal de aproximação de Suape tira em definitivo da Petrobras a desculpa de não concluir o segundo trem de produção da refinaria Abreu e Lima.
"São 12 mil novos empregos em Suape só com a construção do segundo trem (de produção)", afirma.
"O problema é que, neste governo (Bolsonaro), o acesso à Petrobras era nenhum. Conosco, o diálogo foi zero"... (Neste ano de eleições...) Anderson Ferreira foi recebido pela diretoria da Petrobras e disse que iria começar a obra, mas até hoje nada", observou o diretor de Suape, na época.
Roberto Gusmão rememorou que, de fato, a promessa de um calado de 20 metros havia sido feita para a Petrobras há uma década e que a estatal chegou a colaborar antecipando tarifas portuárias, conforme o blog de Jamildo revelou na época.
"No caso da refinaria Abreu e Lima, o conselho de administração aprovou a conclusão da duplicação. Nós (Brasil) somos importadores de óleo diesel. Não tem como fazer diferente, vão ter que ir buscar ter mais 115 mil barris por dia de produção (com a duplicação original planejada)", afirmou, no ano passado, o ex-presidente de Suape.
Na edição de domingo, o jornal O Globo, do Rio de Janeiro, traz entrevista com dois diretores da Petrobras revelando que a estatal vai voltar a investir no refino pelo Brasil, em especial no Rio de Janeiro e em Pernambuco.
Segundo William França da Silva, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, as discussões do novo plano de negócios envolvem a construção de unidades 100% renováveis no Gaslub (Rio de Janeiro) e na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, em Pernambuco. O plano atual, herdado da gestão do governo Bolsonaro, previa apenas o biorrefino na unidade de Cubatão.
Segundo os executivos, as novas unidades no Rio e em Pernambuco vão passar ainda pelas etapas de projeto conceitual, básico e de detalhamento. Só depois vai para licitação e construção.
De acordo com a publicação, o investimento marca uma mudança na estratégia em relação às refinarias. Nas gestões anteriores, a estatal tinha como meta vender oito unidades, após acordo feito com o Cade, que regula a concorrência no país. Entre as principais, a empresa se desfez das unidades da Bahia e do Amazonas.
"A estratégia é parte do plano do governo Lula de interromper a venda de refinarias e aumentar a produção nacional de combustíveis".
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