COPA DO MUNDO

Jogo da Copa é marcado por protesto contra festival chinês em que se come carne de cachorro

Jogo entre China e Dinamarca foi marcado por protestos contra festival anual na cidade do sudoeste da China, famoso pelo consumo de carne de cachorro

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 22/07/2023 às 14:51
Notícia
Paul Kane/Getty Images
Protesto realizado durante a Copa do Mundo - FOTO: Paul Kane/Getty Images

No jogo de abertura da Copa do Mundo de Futebol Feminino, a Dinamarca derrotou a China por 1 x 0, com o gol decisivo marcado aos 44 minutos do segundo tempo. No entanto, a partida foi marcada por um protesto relacionado ao festival anual chinês em que é consumida carne de cachorro.

Durante o primeiro tempo da partida, uma manifestação ocorreu e foi rapidamente contida pelos seguranças do estádio. Um indivíduo invadiu o campo exibindo dois cartazes com a frase "Nosso governo tolera o Festival Yulin".

Em conformidade com o protocolo, a partida não precisou ser interrompida e a transmissão ao vivo não mostrou imagens da invasão ao campo. O manifestante, cuja identidade ainda não foi divulgada, foi prontamente retirado do estádio.

Festival Yulin

O evento, conhecido como Festival de Yulin, é realizado anualmente na cidade de Yulin, sudoeste da China, e tem sido objeto de controvérsia devido a acusações de maus-tratos contra cachorros e ao consumo da carne desses animais.

Ativistas têm criticado veementemente as condições em que os cães são mantidos, sendo confinados em gaiolas apertadas e submetidos a torturas antes de serem abatidos para consumo. Embora não seja proibido pelas autoridades locais, o festival atrai manifestantes e ativistas que se mobilizam para resgatar os animais.

A prefeitura local afirmou que nunca esteve oficialmente envolvida com a organização do evento, enquanto os apoiadores do festival ressaltam a contradição de condenar o consumo de carne de cachorro e, ao mesmo tempo, consumir carne de outros animais, como vaca ou carneiro, questionando a tradição da região.

Estima-se que a cada edição do festival sejam abatidos cerca de 10 mil cachorros para alimentar os participantes.

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