O padre Airton Freire, da Fundação Terra, foi preso nesta sexta-feira (14), em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Ele está sendo investigado após denúncia de envolvimento em estupro.
A prisão do padre teve apoio da Polícia Civil do Ceará e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido.
A personal stylist Sílvia Tavares de Souza, de 53 anos, denunciou o padre e o motorista dele, Jailson Leonardo da Silva. De acordo com a mulher, o estupro teria sido praticado durante um retiro espiritual em agosto do ano passado.
Ela relatou, em entrevista à TV Jornal, que tinha uma relação próxima com o padre. "Acreditava piamente na honestidade dele e chamava ele de padinho", disse.
A personal stylist disse que foi estuprada pelo motorista a mando do padre, que teria presenciado a cena. Segundo ela, teria sido convidade pelo padre para fazer uma massagem.
A Polícia Civil disse, por meio de nota, que os detalhes das investigações serão apresentados "em momento oportuno".
O padre Airton foi afastado das atividades religiosas desde o final de maio de 2023, depois de uma publicação de decreto interno da Diocese de Pesqueira.
Confira:
O decreto enfatizou que a decisão foi baseada na consideração de advertências anteriores e na gravidade dos eventos atualmente sob investigação tanto no âmbito estatal quanto eclesiástico.
"Surpreendeu a defesa do padre Airton Freire a decisão de decretar a prisão preventiva do sacerdote. O feito é totalmente contrário às condições previstas em lei e será tratado em habeas corpus a ser impetrado pela defesa. Importante lembrar que o padre, um homem de 67 anos, sofre sérias restrições de saúde.
A decisão ignora que o padre havia se afastado das funções eclesiásticas e da presidência da Fundação Terra, onde desenvolve um trabalho social que atendeu milhares de pessoas nos últimos 40 anos. Depois do afastamento, ficou isolado em sua residência — que é fixa, onde ele pode ser encontrado a qualquer momento —, de forma a não interferir nas investigações.
Apesar de todo o apoio que tem recebido de milhares de pessoas na internet e em manifestações públicas nas ruas de Arcoverde (PE), o padre jamais estimulou ou insuflou movimentos, de modo a não causar comoção social ou desordem pública. E mais: agiu de boa fé ao concordar em se apresentar espontaneamente à Justiça após a decretação da prisão, sem criar mecanismos de retardamento do cumprimento da ordem legal."
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou que há cinco inquéritos em andamento, mas não revelou o número de possíveis vítimas. Veja nota:
"A Promotoria de Justiça da Comarca de Buíque acrescenta que, no momento, há cinco inquéritos policiais instaurados, em razão da identificação de outras vítimas. Considerando a importância de uma análise célere e substancial de todos os fatos, a Procuradoria-Geral de Justiça designou mais três membros do Ministério Público para atuarem no caso".
O MPPE também informou que segue acompanhando as investigações a cargo da Polícia Civil.
"O Ministério Público do Estado de Pernambuco tem feito exame criterioso dos elementos de prova até então colhidos e pauta-se pelas normas internas e internacionais inseridas no sistema jurídico pátrio, preocupado principalmente com os direitos humanos e com as medidas necessárias para resguardar e evitar revitimizações das vítimas que buscaram o aparato estatal para relatarem violências sexuais que estão sob investigação.
A adoção de medidas cautelares em procedimentos dessa natureza, especialmente com a elucidação de mais de um caso, na visão do Ministério Público, acolhida pelo Poder Judiciário, mostra-se necessária para garantir a continuidade do trabalho investigativo da Polícia, que está sendo acompanhado pelo MPPE; afastar os riscos de reiteração delitiva; bem como assegurar proteção às vítimas que procuraram o Estado para relatarem fatos criminosos contra suas dignidades sexuais.
A Promotoria de Justiça da Comarca de Buíque acrescenta que, no momento, há cinco inquéritos policiais instaurados, em razão da identificação de outras vítimas. Considerando a importância de uma análise célere e substancial de todos os fatos, a Procuradoria-Geral de Justiça designou mais três membros do Ministério Público para atuarem no caso.
No mais, o Ministério Público mantém o acompanhamento das investigações a cargo da Polícia Civil. Por se tratar de inquéritos sigilosos, não serão divulgadas, no momento, mais informações sobre o caso."
*Com informações do JC
Este conteúdo é exclusivo para assinantes JC
Não localizamos uma assinatura ativa do JC para esta conta.
Para acessar este e outros conteúdos exclusivos, assine aqui.
Seu e-mail não é {{ email }} ou precisa trocar de conta?
Entre novamente.
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Já é assinante?
Selecione o seu plano
{{ plans.first.name }}
R$ {{ plans.first.formatted_price }} /{{ plans.first.subscription_type }}
{{ plans.first.paywall_description }}
{{ plans.second.name }}
R$ {{ plans.second.formatted_price }} /{{ plans.second.subscription_type }}
{{ plans.second.paywall_description }}
{{ plans.third.name }}
R$ {{ plans.third.formatted_price }} /{{ plans.third.subscription_type }}
{{ plans.third.paywall_description }}
Pagamento
Assinatura efetuada com sucesso!
Agora você tem acesso a todo o conteúdo do nosso portal!
voltar para o conteúdoNão foi possível realizar sua assinatura.
Por favor, verifique as informações de pagamento e tente novamente.