Ginecologista preso por crimes sexuais enganava pacientes alegando que as mulheres precisavam ficar excitadas para que exames funcionassem, afirma polícia

Segundo a polícia, as vítimas tinham 15, 16, 21 e 32 anos nas datas dos crimes
Vitória Floro
Publicado em 21/07/2023 às 19:25
Médico Fábio Guilherme da Silveira Campos, ginecologista preso suspeito de crimes sexuais em Goiânia Foto: Divulgação/Polícia Civil


Fábio Guilherme da Silveira Campos, médico ginecologista de 73 anos, foi preso em Goiânia após acusações de crimes sexuais.

De acordo com a delegada Amanda Menuci, responsável pelo caso, duas mulheres relataram as situações de abuso ao Conselho Regional de Medicina (CRM) em 1994.

Segundo as denúncias, o médico teria informado às pacientes que era necessário estarem excitadas para que os exames ginecológicos fossem bem-sucedidos.

“No consultório, ele dizia que para colher o exame, citologia a fresco, elas precisavam ficar excitadas", afirmou a delegada Amanda Menuci.

O ginecologista foi preso na manhã de quinta-feira (20), quando estava em casa. O mandado de prisão preventiva foi representado pela Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher (Deam).

Em junho deste ano, Fábio havia sido filmado sendo agredido com um soco dentro do consultório por um homem, que o chamava de "abusador de mulher", no Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte.

Segundo a polícia, as vítimas tinham 15, 16, 21 e 32 anos nas datas dos crimes. A delegada relatou que uma das mulheres que denunciou o abuso ao CRM em 1994 é testemunha nas investigações atuais. Ao todo, cinco mulheres foram identificadas, das quais duas denunciaram formalmente e uma é testemunha, em decorrência da prescrição do caso.

Durante as acusações em 1994, o médico alegou que as duas mulheres "armaram" para ele. No entanto, a delegada ressaltou que as duas não se conheciam. À época, ele foi absolvido das acusações pelo CRM.

Após a repercussão do acontecimento, uma mulher entrou em contato com a polícia civil e relatou que foi vítima em 2014.

“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta", disse a delegada.

“Enquanto ela estava se vestindo, ele afastava a cadeira dele da consulta para observá-la vestindo a roupa”, completou a delegada.

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