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Atentados no Equador: dois carros-bomba explodem e 57 guardas são feitos reféns em prisões

Equador vive dias de violência, principalmente na capital Quito, após transferências e busca por armas em presídios do país

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Vitória Floro

Publicado em 01/09/2023 às 7:44 | Atualizado em 01/09/2023 às 7:51
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A busca por armas e as transferências de detentos no Equador podem ter desencadeado uma série de atentados e rebeliões.

Nos dias 30 e 31 de agosto, dois carros-bomba explodiram em Quito, com o objetivo de atingir autoridades do sistema penitenciário do país, conhecido como Snai.

Na sexta-feira, 1º de setembro, mais de 50 agentes prisionais e sete policiais foram feitos reféns em prisões.

Felizmente, os atentados não resultaram em feridos, e seis pessoas foram detidas imediatamente após os incidentes.

Um dos explosivos visava um edifício anteriormente utilizado pelo Snai, enquanto o outro foi colocado em frente à sede da agência. Esses acontecimentos representam a primeira vez que tais eventos ocorreram na capital do país.

Os 50 guardas prisionais e sete policiais mantidos como reféns estão distribuídos por seis prisões em todo o país.

O ministro da Segurança, Wagner Bravo, comunicou à rádio Fmundo que várias dessas pessoas transferidas eram suspeitas de envolvimento no assassinato de Fernando Villavicencio, um candidato à Presidência que foi morto em agosto.

O ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, assegurou que o governo está tomando medidas para abordar a situação, embora sem entrar em detalhes.

Ele expressou preocupação com a segurança de seus funcionários. Enquanto isso, houve relatos de explosões de granadas na capital equatoriana durante a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira, conforme confirmado pelo prefeito de Quito, Pabel Muñoz.

O diretor-geral de Investigações da Polícia Nacional, general Pablo Ramírez, explicou que os ataques estão relacionados à busca de armas e às transferências de detentos realizadas em prisões do país.

Ele destacou que essas ações coincidem com operações de busca na prisão de Cotopaxi e com um motim em Turi, duas prisões que eram lideradas pelo grupo criminoso conhecido como Los Lobos. Luis Alfredo Arboleda, conhecido como "Gordo Luis" e líder dos Lobos, foi transferido para a prisão de segurança máxima La Roca, em Guayas.

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