JULGAMENTO DO 8 DE JANEIRO - Os quatro primeiros acusados de envolvimento na tentativa de golpe contra os 3 poderes no dia 8 de janeiro começam a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta quarta (13), segundo o G1.
A previsão é de que o julgamento comece hoje, mas siga, no mínimo, até amanhã. Naturalmente, como ocorre em decisões colegiadas, é provável que as decisões demorem alguns dias para serem anunciadas.
A presidente do STF, Rosa Weber, agendou sessões extraordinárias do plenário da Corte para as manhãs desta quarta-feira e quinta-feira, 14 de setembro, com o objetivo de dar celeridade ao julgamento.
Os advogados de defesa pedem que os réus sejam absolvidos. Em caso de condenação, pedem que atenuantes sejam aplicados e que seus clientes comecem a cumprir as penas em regime aberto.
Perfil dos réus acusados de envolvimento no 8 de janeiro
Serão julgados hoje, pelo STF:
- Aécio Lúcio Costa Pereira
Acusado de destruição das instalações do Congresso Nacional. Defesa nega que ele possuísse armas e diz que ele não usou de violência.
- Thiago de Assis Mathar
Ele é acusado de depredar o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República. Em depoimento à Polícia Federal, disse "não ter intenção de dar golpe ou depor o governo eleito, mas apenas de manifestar seu descontentamento".
- Moacir José dos Santos
Segundo o Ministério Público, Moacir também agiu contra o Palácio do Planalto. Em depoimento, "negou ter praticado violência contra policiais ou membros de força de segurança" e disse que "não danificou nenhum bem".
- Mateus Lima de Carvalho Lázaro
Foi preso após sair do Congresso e nega ter cometido crimes.
A quais crimes os réus respondem?
- associação criminosa armada
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- golpe de Estado
- dano qualificado
- deterioração de patrimônio tombado
COMO SERÁ O JULGAMENTO NO STF?
O julgamento dos réus acusados de envolvimento no 8 de janeiro acontecerá da seguinte forma:
- O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, apresenta um resumo do que aconteceu;
- A Procuradoria-Geral da República faz suas alegações, durante, no máximo, 1 hora;
- A defesa dos réus também fala seus argumentos, durante, no máximo, 1 hora;
- O ministro-relator faz seu voto, inclusive, indicando qual seria a pena, em caso de condenação;
- Em seguida, os demais ministros votam, cada um dizendo se concordam com o relator ou não.