Nesta quinta-feira (21), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu se pronunciar após a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Em nota, a defesa afirma que o ex-presidente “jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito”.
Ex-ajudante de ordens, Mauro Cid havia feito revelações sobre a reunião em que Bolsonaro, na época em que era presidente, teria tentado convencer a cúpula das Forças Armadas a dar um golpe de Estado.
Os advogados de Bolsonaro ainda disseram que vão adotar “medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem [sic] o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso”.
A DELAÇÃO DE MAURO CID
O tenente-coronel Mauro Cid teria delatado que, após perder as eleições presidenciais de 2022, Jair Bolsonaro realizou uma reunião com comandantes militares para debater a possibilidade de um golpe de Estado.
Além disso, Cid também teria mencionado nomes como o almirante de esquadra da Marinha, Almir Garnier, à Polícia Federal.
O comandante da Marinha teria assegurado ao ex-presidente que suas tropas estavam prontas para atender ao chamado de Bolsonaro.
Poré, o Comando do Exército teria se oposto à ideia do golpe.
Mauro Cid destacou na delação sua participação em uma reunião com o então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, que teria lhe entregado um rascunho de um plano de golpe.
*Informações do Metrópoles e Valor Econômico.