Vacina contra covid-19

Governo estuda limitar vacinação contra covid-19 apenas para grupos prioritários

Crianças, idosos e profissionais de saúde estão entre os integrantes do grupo com maior isco de complicações por causa da infecção pelo novo coronavírus

Cadastrado por

Gabriel dos Santos

Publicado em 22/09/2023 às 8:45 | Atualizado em 22/09/2023 às 8:57
O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da covid
O ministério reforçou que a vacinação continua sendo a principal medida para prevenir casos graves da covid - Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério da Saúde está avaliando a possibilidade de priorizar a vacinação contra a Covid-19 exclusivamente para grupos de alto risco.

Nesse grupo, estão incluídos crianças com idades entre 6 meses e 5 anos, idosos, indivíduos imunocomprometidos, profissionais de saúde, gestantes e puérperas.

Se a ideia foi concretizada, a imunização da população em geral dependeria da disponibilidade de doses remanescentes após a vacinação dos grupos mais suscetíveis a consequências graves decorrentes da infecção pelo coronavírus.

ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO CONTRA COVID-19

Essa estratégia de enfocar inicialmente os públicos prioritários é semelhante à adotada na campanha de vacinação contra a gripe, em que a vacinação para o público em geral só é iniciada quando há doses disponíveis após atender os grupos prioritários.

Segundo Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a proposta de restringir a vacinação da Covid-19 será discutida com os estados e municípios antes de ser implementada.

O representante do Ministério da Saúde esclareceu que essa abordagem está alinhada com as diretrizes do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O QUE DIZ A OMS?

Em março de 2023, a OMS atualizou suas recomendações para a vacinação contra a Covid-19, estipulando que os grupos de alta prioridade devem receber doses de reforço a cada seis meses ou um ano após a última dose aplicada. Por outro lado, adultos saudáveis com menos de 60 anos e crianças e adolescentes não precisam de doses de reforço periódicas se já tiverem recebido a dose primária e o primeiro reforço.

“Embora reforços adicionais sejam seguros para este grupo (adultos saudáveis com menos de 60 anos e as crianças e adolescentes), o Sage não os recomenda rotineiramente, dados os retornos comparativamente baixos para a saúde pública”, disseram os consultores.

“Fizemos reuniões técnicas e tiramos diretrizes básicas que o Ministério da Saúde vai seguir em discussões internas. Agora, a decisão final ainda depende de uma discussão com a gestão tripartite”, disse Gatti, em encontro realizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em Florianópolis.

A vacina segue sendo extremamente eficaz para evitar casos graves e mortes por covid-19.

Com informações da reportagem do portal Metrópoles.

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