Com o encerramento do orçamento secreto no início deste ano, uma quantia de aproximadamente R$ 10,6 bilhões ficou pendente para ser desembolsada ao longo de 2023. Embora o destino desses recursos já tenha sido estabelecido pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), a ordem de distribuição desses montantes restantes foi organizada durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Através de um pedido pela Lei de Acesso à Informação, a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles conseguiu acessar os dados de valores pagos pelo orçamento secreto na gestão de Lula. Entre eles, foi apontado que o ministro da Agricultura, Carlos Favaro (PSD) foi o único da lista de emendas de relator a receber do governo 100% das requisições.
Ministro da Agricultura foi o único a receber 100% do valor solicitado no restante dos recursos das emendas de relator
De acordo com Guilherme Amado, os dados da Secretaria das Relações Institucionais (SRI) apresentam que a solicitação de Favaro era de R$ 11,1 milhões. Os recursos seriam destinados para pavimentação de rodovias no Mato Grosso, seu Estado. Ao contrário do que ocorreu em diversas outros pedidos, o valor total foi aprovado.
O pagamento do recurso solicitado por Favaro foi feito por Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.
Apesar de não ter recebido o valor total solicitado do restante do Orçamento Secreto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também teve sua solicitação aceita pelo Ministério. Pacheco conseguiu 41 milhões em emendas, formando 83,2% do solicitado pelo presidente do Congresso.
Dos valores restantes do Orçamento Secreto, o SRI aponta que quase 50% dos valores já foram repassados para os grupos definidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.