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Bombardeios de Israel atingem abrigos de civis, escolas e mesquitas, diz ONU

ONU aponta que contra-ataque de Israel vem bombardeando abrigos de civis, escolas e hospitais. Autoridades de Gaza indicam que ao menos 900 palestinos morreram e mais de 160 prédios foram comprometidos com ataques israelenses

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Cynara Maíra

Publicado em 11/10/2023 às 7:48
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Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza após o ataque do Hamas tem ido além das bases do grupo palestino. Além de instalações de cuidados aos civis, abrigos, escolas e hospitais estão sendo alvos dos bombardeios israelenses. 

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De acordo com a ONU, 18 locais de atendimento à população palestina foram destruídos, parcial ou totalmente, pelos bombardeios israelenses. Também foram identificados o bombardeio em ao menos quatro escolas que estavam funcionando como abrigo para população. A organização também indica que as instalações de água e saneamento da cidade foram afetadas. 

Para o New York Times, moradores da Faixa de Gaza indicam que não estão sendo poupados nem os locais tipicamente seguros durante os bombardeios israelenses, como mesquitas e hospitais. 

Após o grupo Hamas atacar Israel no último sábado (07), as autoridades israelenses deram 24 horas para que pessoas da Faixa de Gaza saíssem de alguns bairros que seriam bombardeados, mas após esse período o relato dos palestinos no local é de que não houve mais alertas sobre os ataques que continuam acontecendo.

Em resposta para o New York Times, o tenente-coronel do Exército israelense, Richard Hecht afirmou que a Força Aérea de Israel não está com tempo para disparar ataques de advertência aos civis. Essas advertências eram normalmente utilizadas em outros bombardeios israelenses em Gaza e tinha o objetivo de incentivar que os civis saíssem do local antes de poderem ser atingidas pelos ataques. 

Foi relatado que autoridades israelenses enviaram mensagens para números de telefone palestinos e publicaram nas redes sociais sobre quais locais seriam bombardeados, mas, segundo os locais, pouco foi relatado. 

A situação de energia, internet e rede telefônica no local já estavam precárias, mas o caso tem grande chance de piorar após Israel atingir a Companhia de Telecomunicações Palestina. Somando-se essa situação ao cerco israelense na cidade, a cidade também teve o fornecimento de água, energia, alimentos e medicamentos interrompidos pelos israelenses. 

As estimativas do governo de Gaza é de que pelo menos 900 palestinos foram mortos e 168 prédios foram destruídos, entre eles estavam sete hospitais e 48 escolas. A cidade de 2,5 milhões de habitantes está cercada. 

*Com informações do jornal O Globo

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