Os cidadãos brasileiros que estão atualmente abrigados em uma escola católica na cidade de Gaza expressam preocupação em relação à possibilidade de terem que deixar o local sem a garantia de um corredor humanitário.
Em declaração dada à Agência Brasil nesta sexta-feira (13), uma brasileira relatou que receberam a informação de que o local não oferece mais segurança e que em breve serão obrigados a deslocar-se para o extremo sul da Faixa de Gaza.
Segundo Shahed Albanna, de 18 anos, aproximadamente 30 pessoas se encontram abrigadas nessa escola, incluindo dez brasileiros que estão buscando repatriação.
“A escola não é mais um lugar seguro. Os israelenses estão entrando pelo país, todo mundo está saindo fugindo. Eu não quero morrer”, disse a jovem.
Israel notificou os representantes das Nações Unidas de que a região ao norte da Faixa de Gaza, onde 1,1 milhão de pessoas estão estabelecidas, deve ser desocupada dentro do prazo de 24 horas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um pedido de reconsideração dessa ordem devido à insuficiência de tempo para uma evacuação abrangente e o risco de uma agravamento da situação.
“Como é que 1,1 milhões de pessoas poderão atravessar uma zona de guerra densamente povoada em menos de 24 horas? Estremeço ao pensar quais seriam as consequências humanitárias da ordem de evacuação”, disse o Subsecretário-Geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, afirmou Martin Griffiths.
LULA PEDE CORREDOR HUMANITÁRIO
Nessa quinta (12), em conversa com o presidente de Israel, Issac Herzog, o presidente Lula (PT) pediu para que seja aberto um corredor para as pessoas saírem da Faixa de Gaza.
*Informações da Agência Brasil.