O hospital Ahly Arab atacado nesta terça-feira (17), na Cida de Gaza, era usado para tratar centenas de palestinos feridos durante os bombardeios israelenses dos últimos 11 dias.
Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, 200 pessoas morreram no bombardeio. Esse número pode subir. A Defesa Civil de Gaza fala em 300 mortos. Há muitos feridos.
O hospital Ahly Arab é o mais antigo de Gaza e civis também estavam usando a unidade de saúde como abrigo.
ONDE FICA O HOSPITAL?
A Cidade de Gaza fica na porção norte da Faixa de Gaza, local o qual Israel mandou que fosse evacuado por civis.
Luto de 3 dias por vítimas de ataque contra hospital
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto oficial de três dias em toda a Palestina em razão desse ataque, considerado um dos mais mortais da história do Oriente Médio. Um porta-voz de Abbas classificou o bombardeio como "genocídio".
O número de mortos na Faixa de Gaza já chega a 3.000. Em Israel, 1.400 morreram desde o dia 7 de outubro. Por enquanto, não há sinais de trégua.
De acordo com a Folha de São Paulo, a direção do hospital disse que, nos últimos dias, a unidade de saúde já havia sido alvo de outros ataques. Equipamentos de ultrassonografia e mamografia já haviam sido danificados quando foguetes atingiram a ala oncológica do hospital.
Mais cedo, bombardeio no Sul de Gaza deixou dezenas de vítimas fatais
Israel bombardeou centenas de alvos na região Sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (17). A região está lotada de civis que se deslocaram do Norte, a partir de uma ordem do próprio Exército israelense, que argumentava motivos de segurança para a determinação.
De acordo com o G1, o Ministério do Interior de Gaza afirma que os bombardeios mataram 49 pessoas nas cidades de Rafah e Khan Younes. O UOL disse que o canal de notícias Al Jazeera contou 71 mortes até o momento.
A cidade de Khan Younes é a maior da região Sul da Faixa de Gaza. Rafah é a única cidade que faz fronteira com o Egito e é por onde milhares de inocentes pretendem passar para chegar ao Egito, em direção a outros países.
Sul de Gaza
Desde o início da guerra, Israel impediu o reabastecimento da Faixa de Gaza, que está com pouquíssima água, combustíveis, alimentos e medicamentos.
No Sul, especificamente, a situação é ainda mais dramática, já que se trata de uma região com ainda menos estrutura e que está lotada de refugiados que aguardam a abertura da fronteira com o Egito.
Até o momento, não há indícios sobre quando a fronteira será aberta e, finalmente, os civis poderão deixar o local que está sendo atacado por Israel.