Oriente Médio

Hospital de Gaza atacado por Israel nesta terça tratava feridos da guerra, diz Palestina; Civis usavam local como abrigo

Informações são de que número de mortos é de, no mínimo, 200 pessoas; há crianças entre as vítimas; Presidente da Autoridade Nacional Palestina declara luto de oficial de 3 dias

Cadastrado por

Gabriel dos Santos

Publicado em 17/10/2023 às 16:16 | Atualizado em 18/10/2023 às 8:19
Bombardeio israelense no norte da Faixa de Gaza. Milhares de pessoas, tanto israelenses quanto palestinos, morreram desde 7 de outubro de 2023 - ARIS MESSINIS/AFP

O hospital Ahly Arab atacado nesta terça-feira (17), na Cida de Gaza, era usado para tratar centenas de palestinos feridos durante os bombardeios israelenses dos últimos 11 dias.

Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, 200 pessoas morreram no bombardeio. Esse número pode subir. A Defesa Civil de Gaza fala em 300 mortos. Há muitos feridos.

O hospital Ahly Arab é o mais antigo de Gaza e civis também estavam usando a unidade de saúde como abrigo.

ONDE FICA O HOSPITAL?

A Cidade de Gaza fica na porção norte da Faixa de Gaza, local o qual Israel mandou que fosse evacuado por civis.

Luto de 3 dias por vítimas de ataque contra hospital

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou luto oficial de três dias em toda a Palestina em razão desse ataque, considerado um dos mais mortais da história do Oriente Médio. Um porta-voz de Abbas classificou o bombardeio como "genocídio".

O número de mortos na Faixa de Gaza já chega a 3.000. Em Israel, 1.400 morreram desde o dia 7 de outubro. Por enquanto, não há sinais de trégua.

De acordo com a Folha de São Paulo, a direção do hospital disse que, nos últimos dias, a unidade de saúde já havia sido alvo de outros ataques. Equipamentos de ultrassonografia e mamografia já haviam sido danificados quando foguetes atingiram a ala oncológica do hospital.

Mais cedo, bombardeio no Sul de Gaza deixou dezenas de vítimas fatais 

Israel bombardeou centenas de alvos na região Sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (17). A região está lotada de civis que se deslocaram do Norte, a partir de uma ordem do próprio Exército israelense, que argumentava motivos de segurança para a determinação.

Milhares de palestinos receberam ordem de Israel para deixarem a Faixa de Gaza - MAHMUD HAMS / AFP

De acordo com o G1, o Ministério do Interior de Gaza afirma que os bombardeios mataram 49 pessoas nas cidades de Rafah e Khan Younes. O UOL disse que o canal de notícias Al Jazeera contou 71 mortes até o momento.

A cidade de Khan Younes é a maior da região Sul da Faixa de Gaza. Rafah é a única cidade que faz fronteira com o Egito e é por onde milhares de inocentes pretendem passar para chegar ao Egito, em direção a outros países.

Sul de Gaza

Desde o início da guerra, Israel impediu o reabastecimento da Faixa de Gaza, que está com pouquíssima água, combustíveis, alimentos e medicamentos.

No Sul, especificamente, a situação é ainda mais dramática, já que se trata de uma região com ainda menos estrutura e que está lotada de refugiados que aguardam a abertura da fronteira com o Egito.

Até o momento, não há indícios sobre quando a fronteira será aberta e, finalmente, os civis poderão deixar o local que está sendo atacado por Israel.

Israel prepara invasão de Gaza, devastada por bombas e com um milhão de deslocados:

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